O Ministério da Saúde confirmou dois casos graves de infecção pelo vírus da raiva. O caso mais recente foi em Catolé do Rocha, na Paraíba. Uma idosa de 68 anos começou a apresentar sintomas da doença depois de ser mordida por uma raposa. Ela procurou atendimento médico com sintomas como delírios, desorientação, agitação, espasmos musculares, dificuldade para comer e sialorreia, que é o excesso de saliva, comum da doença. De acordo com o relatório mais recente publicado pelo Ministério da Saúde, a mulher está internada em estado grave, sob sedação. Ela respira por aparelhos e se alimenta por meio de uma sonda. Esse é o primeiro caso de raiva em humanos registrado na Paraíba em cinco anos.
Anteriormente, em março, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, um menino de 13 anos morreu após ser mordido por um morcego hematófago, ou seja, que se alimenta de sangue. O animal estava em um curral e atacou quando o jovem se aproximou. Ele chegou a ser internado em um hospital da capital do estado, mas morreu em março. A morte foi a primeira desde 2006 no Rio de Janeiro, quando um caso foi registrado em São José do Vale do Rio Preto. Uma morte pela doença não acontecia na capital desde 1986. O caso levou a secretaria de saúde do rio a disparar um alerta para os municípios, orientando medidas de prevenção.
A raiva humana é uma doença que preocupa por conta da alta letalidade: quase todos os casos de infecção em humanos acabam em morte. O vírus da raiva ataca o sistema nervoso central e causa inflamação no cérebro e pode ser transmitido por mordida, arranhão ou lambida de mamíferos contaminados, como morcegos e cachorros, que ficam agressivos quando infectados. Em caso de ser mordido por um animal, a orientação médica é limpar a ferida imediatamente e procurar uma emergência, onde o paciente recebe anticorpos contra o vírus.