A impressionante recepção dos argentinos a Lula representou sobretudo recado a Tio Sam quanto às profundas motivações que os latinoamericanos alimentam para seguir resistindo à subordinação que os Estados Unidos insistem em impor à America do Sul a qual cercam com quarta frota naval como permanente ameaça. A politica imperalista da Doutrina Monroe e do Consenso de Washington seguem vivas e ameaçadoras.A ovação a Lula em Buenos Aires foi grito de libertação contra políticas imperiais impostas pelos credores da divida continental em Wall Street por intermédio do FMI. No momento, a Argentina se encontra sufocada financeiramente com a herança maldita deixada pelo governo ultraneoliberal macrista, semelhante ao de Bolsonaro. Alberto Fernandez se encontra enredado em dívidas impagáveis sob tacao de ferro do Fundo Monetário Internacional. As tentativas desesperadas para renegociar as dívidas sem ainda alcançar resultados satisfatórios se transformam no principal desgaste para o titular da Casa Rosada. Recente derrota eleitoral parlamentar tirou maioria peronista no Senado. A presença de Lula em Buenos Aires visa recomposição de forças para evitar avanço neoliberal e racha no peronismo, responsavel por azedar relações politicas entre Cristina Kirchner e Alberto Fernandez. Na casa peronista dividida florescem os adversarios que querem voltar ao poder com apoio de Washington. Lula, em Buenos Aires, tenta com seu prestígio de líder latinoamericano evitar aprofundamento da divisão dentro do peronismo, historicamente, diversificado. Seria a pior alternativa para a esquerda acossada pelos credores, FMI, Banco Mundial, credores privados, cujos interesses são evitar maior aproximacao da Argentina com Brasil, aliado estrategico, e a geopolítica chinesa anti-Washington, rumo à Eurasia, que avança na America do Sul a passos largos como alternativa ao jogo imperialista não só da Casa Branca como tambem da Uniao Europeia para impor um Mercosul a sua imagem e semelhança. Lula sabe da necessidade de fortalecer a Argentina baleada pelo neoliberalismo, porque se vencer disputa presidencial em 2022 herdará abacaxi bolsonarista semelhante, cheio de armadilhas capazes de bloquear governabilidade tal o desajuste econômico e social que deverá cair no seu colo, sendo vitorioso. O racha politico que Fernandez enfrenta poderá guardar semelhança ao que sobraria para Lula administrar se chegar ao Planalto no primeiro turno como apontam apressadas pesquisas de opinião. A disputa ja segue acirrada com ex-presidente pontificando com garantia da vitoria com ampla margem.de possibilidades. Brasol e Argentina são irmãos que unidos dificultam a eternização tanto do Consenso de Washington quanto da Doutrina Monroe, da América para os americanos.
(*) Por César Fonseca, jornalista editor do site Independência Sul Americana e integrante do programa Tecendo o Amanhã, da TV Com Rio

SEJA UM AMIGO DO JORNAL BRASIL POPULAR
O Jornal Brasil Popular apresenta fatos e acontecimentos da conjuntura brasileira a partir de uma visão baseada nos princípios éticos humanitários, defende as conquistas populares, a democracia, a justiça social, a soberania, o Estado nacional desenvolvido, proprietário de suas riquezas e distribuição de renda a sua população. Busca divulgar a notícia verdadeira, que fortalece a consciência nacional em torno de um projeto de nação independente e soberana. Você pode nos ajudar aqui:
• Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta corrente: 41129-9
• BRB
Agência: 105
Conta corrente: 105-031566-6 e pelo
• PIX: 23.147.573.0001-48
Associação do Jornal Brasil Popular – CNPJ 23147573.0001-48
E pode seguir, curtir e compartilhar nossas redes aqui:
https://www.instagram.com/jornalbrasilpopular/
️ https://youtube.com/channel/UCc1mRmPhp-4zKKHEZlgrzMg
https://www.facebook.com/jbrasilpopular/
Brasil Popular
BRASIL POPULAR, um jornal que abraça grandes causas! Do tamanho do Brasil e do nosso povo!
Ajude a propagar as notícias certas => JORNAL BRASIL POPULAR
Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.