O jovem e periférico deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) foi absolvido da terceira tentativa da extrema direita de tentar cassá-lo
A Assembleia Legislativa do Paraná (ALPR) arquivou hoje (3) o terceiro processo administrativo que visava o deputado estadual Renato Freitas (PT). O jovem e periférico parlamentar paranaense enfrenta constantes ameaças ao seu mandato. Dessa vez, ele superou alegações de suposta falta de decoro nas sessões. Freitas comemorou a decisão da Casa Legislativa, considerando-a uma “vitória”. Porém, expressou preocupação por ter sido alvo de tais acusações.
“É preocupante que os donos do poder se utilizem do Conselho de Ética como instrumento de perseguição e abuso de autoridade para tentar censurar quem ousa combater o ódio e a mentira.Uma política de vida se faz com a verdade. E quem fala a verdade não merece castigo”, afirma.
Extrema direita insiste em tentar derrubar mandato de Renato Freitas
O processo atual
Este processo em questão encontrava base em ocasiões em que o deputado chamou o governador do estado, Ratinho Júnior (PSD), de “rato”. Ele também virou alvo da extrema direita após criticar o empresário bolsonarista Luciano Hang durante as sessões plenárias. No mesmo despacho de hoje, também foi mencionado Ricardo Arruda (PL), seu principal adversário na Assembleia, que também enfrentou denúncias.
Inclusive, para sua defesa, neste caso, Freitas convocou os ministros de Lula (PT) Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial) como testemunhas em seu favor. Freitas buscou corpo jurídico uma vez que defende enfrentar o racismo em suas atividades como parlamentar.
História de perseguição
Vale lembrar que, quando atuava como vereador de Curitiba, o político teve seu mandato cassado em duas ocasiões. Contudo, ambas foram revertidas por ordem judicial. Essas representações na Câmara ocorreram devido a um episódio de fevereiro de 2022, quando liderou um ato contra o racismo na igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, localizada no centro histórico de Curitiba.
Esse caso criou comoção nacional e até o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a respeito destilando ódio característico. Na época, o ex-presidente extremista solicitou a investigação dos responsáveis, mas a própria Arquidiocese de Curitiba se posicionou contrariamente à cassação do mandato de Freitas.
Foto da capa: Freitas comemorou a decisão da Casa Legislativa, considerando-a uma “vitória”. Porém, expressou preocupação
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