Tenho levantado um conjunto de problemas que o Estado do Rio Grande do Sul anda mal: declínio em sua economia, insegurança e conflitos com seu governo por falta de atenção às demandas dos cidadãos.
Levantei o tema da migração. A perda de habitantes é um dos fortes indicadores dos problemas que vivemos.
Mas nem tudo está perdido.
EXPODIRETO
Sinalizei em textos anteriores a quebra e a crise de cooperativas no RS.
No entanto, é preciso dar atenção aos 25 anos da Expodireto, porque ela está vinculada muito em parte com o sistema cooperativo.
Segundo nossa mídia a Expodireto chega aos 25 anos e se destaca com foco em tecnologia e negócios
Com o clima atual do RS, o mote dos debates da 25ª Expodireto, em Não-Me-Toque, não poderia ser diferente: estiagem e a relação direta com as mudanças climáticas.
Sim, pois com as variações climáticas do RS, já tratados aqui com (quase) exaustão, acerta o foco a Expodireto.
A Expodireto tem a coordenação da grande cooperativa COOTRIJAL.
A Expodireto chega aos 25 anos em um momento crucial para o agronegócio gaúcho: o endividamento exponencial dos produtores, após três anos de seca severa, agravado por mais um período de estiagem, num contexto em que muitos ainda não recuperaram as perdas causadas pela enchente. Mesmo assim, a expectativa é de que a feira siga a tendência de crescimento, seja em comercialização, número de visitantes e expositores.
Quanto ao “endividamento exponencial” alardeado, vale dizer que a maior parte do agronegócio nega a importância do papel do governo federal, com o seu Plano Safra turbinado.
É uma lástima.
Mas somos obrigados a acompanhar de perto não somente a Expodireto, como com o desenvolvimento do agro no RS.

INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS
DOC – Denominação de Origem Controlada ou simplesmente DO – sempre é algo bem visto quando se vê num rótulo de garrafa de vinho. Também se conhece por IG – Indicação Geográfica.
Segundo a mídia, o Rio Grande do Sul conta com 14 registros, a maioria concentrados na Serra Gaúcha, com foco maior no segmento de vinhos e espumantes.
O selo pioneiro de IG foi protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 1997 e o primeiro certificado concedido ocorreu em 2002 para a Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos), de Bento Gonçalves. Nos anos mais recentes, o assunto está ganhando mais notoriedade. Desde 1997, foram protocolados 241 pedidos de registros, 74 deles nos últimos três anos.
Este bom dado vem com o fim das três ondas de calor no RS, amainadas com a chuva deste final de semana.

(*) Por Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.
*As opiniões dos autores de artigos não refletem, necessariamente, o pensamento do Jornal Brasil Popular, sendo de total responsabilidade do próprio autor as informações, os juízos de valor e os conceitos descritos no texto.