Defensores da “terceira via” ficaram em polvorosa com o desempenho de Simone Tebet (MDB) no debate na Band neste domingo. Não foram surpresas – a agitação e a performance. Tebet é candidata de um partido grande, embora fragmentado, e preparada, com anos de política; mas, fora a atuação na CPI da Covid, pouco se conhece dela.
Mas de seu programa para a economia, já se sabe bastante: feito pelos “maiores economistas liberais do Brasil”, nos dizeres dela própria, é uma versão aprofundada do desastre produzido pela Ponte para o Futuro, de Michel Temer – não por acaso, mentor da candidatura. Foram as medidas presentes no projeto que afundaram ainda mais a economia brasileira e produziram recordes de emprego informal e bicos.
Ainda fora da mira dos adversários, resta ver como Simone Tebet vai se comportar quando confrontada com essas propostas.
Ficou barato
Bolsonaro jogou fora as chances de atrair um público indeciso ao atacar de forma tão gratuita quanto brutal a jornalista Vera Magalhães no debate. Mas, se sua derrapagem foi a pior, não foi a única. Enquanto o candidato à reeleição agredia Vera, Ciro Gomes, que aguardava a vez, fez gestos com os braços como se dissesse: “Esse é o Bolsonaro”. Quando falou, Ciro preferiu atacar “a turma do PT”.
Em seguida, os organizadores do evento perderam a oportunidade de repreender o atual presidente e oferecer a palavra à jornalista para se defender. A próxima a fazer pergunta, Patrícia Campos Mello – ela mesma, agredida anteriormente por Bolsonaro, que inclusive foi condenado pela justiça – não tocou no assunto.
Outros candidatos vieram, e nada. Só quando Soraya Thronicke se pronunciou, a agressão do candidato teve uma resposta dura, seguida posteriormente, com bastante atraso, pelos demais postulantes.
(*) Por Marcos de Oliveira do Monitor Mercantil
Acesse: Tebet é desconhecida, mas seu programa econômico, não | Monitor Mercantil
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