Nesta edição do Tecendo o Amanhã, os jornalistas Beto Almeida e Francisco Soriano conversam com Amir Haddad, ator, professor, diretor de teatro e teatrólogo mineiro de Guaxupé.
Reconhecido internacionalmente e considerado um dos maiores encenadores do Brasil pelo seu trabalho nas artes cênicas em que, dentre outras características, busca se comunicar com a sua plateia, o chamado “teatro vivo e transformador para quem o vive e o faz”.
Criador do grupo Tá na Rua, Amir Haddad dirigiu grupos alternativos, na década de 1970, sempre pesquisando e buscando a disposição não convencional da cena, desconstrução da dramaturgia, utilização aberta dos espaços cênicos e interação entre atores e espectadores.
Com esses grupos, ele rompeu a denominada “quarta parede” para abrir espaço para o chamado “teatro vivo”. Uma de suas principais características é o fato de transitar entre o teatro tradicional e as produções populares.
Nesta entrevista, Almeida e Soriano conversam com Haddad sobre os temos atuais, “tão sombrios para a cultura brasileira”.
“Eu me recuso, diariamente, a fazer: pensar nisso. Se eu for fazer reflexão a respeito disso, eu moro na cobertura de um prédio de 10º andar, eu tenho medo de pular”, disse ao ser indagado.
Essa é a sensação que quase todos os protagonistas do setor cultural do Brasil têm sentido desde a posse do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL): o Brasil entregue às trevas.
“É uma coisa que procuro não pensar, sobre este momento que nós estamos vivendo, nós, no Brasil, no mundo todo, mas, especialmente nós aqui, vivendo numa situação tão difícil: convivendo com os vírus e com os vermes”, desabafa.
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