Localizado na CLN 205, o espaço se propõe a acolher organizações e movimentos que fazem incidência política na capital do país
Brasília vai conhecer nesta sexta-feira, 1, a programação da Casa Comum (CC) – um lugar de união e colaboração da sociedade civil, localizado na CLN 205, quadra conhecida como Babilônia. O evento começa às 15h30, seguido por happy hour e programação cultural. A iniciativa é dos Institutos Procomum, Afrolatinas e Advocacy Hub, com financiamento semente da Open Society Foundation.
A sede tem espaços coletivos de trabalho e a programação construída de forma colaborativa. Para participar, pessoas e organizações interessadas devem escrever para contato@casacomum.cc solicitando sua filiação. O modelo é semelhante ao de um clube, onde os usuários também podem escolher o plano de serviços que melhor se adequa às suas necessidades. A Casa está equipada com postos de trabalho, salas de reunião e de eventos, copa e café, além de oferecer infraestrutura para quem quer trabalhar ocupando espaços ao ar livre.
Para chegar à sala, é necessário subir uma rampa, estrutura que marca a quadra comercial famosa por sua arquitetura única. A imagem evoca àquela que ficou marcada no dia 1 de janeiro de 2023, quando o candidato eleito Luís Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto para tomar posse como presidente da República, acompanhado por representantes da diversidade do povo brasileiro, de quem recebeu a faixa presidencial.
É também pelo fortalecimento da democracia que a Casa Comum nasceu. “Também vamos subir a rampa”, diz o diretor do Procomum, o jornalista Rodrigo Savazoni.
Comunidade viva
Para Savazoni, que tem experiência na arquitetura xxxx, por meio da organização que dirige, sediada em Santos-SP, é importante construir uma comunidade viva e ativa de organizações que fazem incidência. Por isso, a busca de parceiros e não de clientes. “Não somos apenas um coworking, mas uma rede cooperativa”, explica.
Jaqueline Fernandes, da Rede Afrolatinas, atua há mais de vinte anos como gestora cultural e dirige o maior festival de mulheres negras da América Latina, o Latinidades, que acontece há 17 anos em Brasília. Segundo ela, uma das principais motivações da Casa Comum é atuar em rede, ampliar oportunidades de incidência política para grupos historicamente excluídos e, assim, trazer inovação para as políticas públicas e para os processos democráticos. “Queremos ser um lugar para sociedade civil de todo o Brasil em Brasília, e que isso inclua o Distrito Federal e suas 35 Regiões Administrativas”, reforça.
“Agora, qualquer ativista pode contar com um espaço seguro e acessível para trabalhar, fazer reuniões, organizar eventos e pedir ajuda para navegar pelos corredores de Brasília”, destaca o cofundador e presidente do conselho do Advocacy Hub, Pedro Telles.
É o caso do gerente de advocacy, Lucas Loback Silva, do NOSSAS, organização que conecta agentes de transformação e apoia iniciativas de experimentação democrática para potencializar ações coletivas. Morando em Brasília, desde o segundo semestre do ano passado, ele diz que a CC vai potencializar a costura de estratégia e a formação de coalizão para incidências ainda mais potentes. “No meu caso, que estou aqui sozinho, representando a minha organização, vai ser importante estar em um fluxo constante. Estou muito entusiasmado para logo começar os trabalhos na casa”.
Serviço:
O que: Casa Comum (Apresentação do Programa)
Dia: 1º de novembro de 2024
Hora: 15h30
Local: CLN 205, Bloco B, Loja 19