O Hospital São Lucas da PUC/RS é o responsável pelos testes no Rio Grande do Sul. O projeto foi desenvolvido pela empresa privada chinesa Sinovac Biotech, e é feito em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo. Os testes foram iniciados na China, e apresentaram resultados satisfatórios nas fases 01 e 02, segundo autoridades da saúde. Agora, na fase 3, serão testados nove mil voluntários brasileiros, considerada a etapa final antes que chegue à população, como explica Fabiano Ramos, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital São Lucas.
As doses serão aplicadas em profissionais de saúde do Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Os testes começaram no mês de julho em São Paulo. Os voluntários não sabem se recebem a vacina, ou o placebo, que significa uma dose sem qualquer efeito. No Rio Grande do Sul, cinco mil voluntários já se candidataram para os testes, 850 serão selecionados para participar do estudo ao longo de dois meses.
O Hospital São Lucas segue recebendo candidatos. Eles não podem ter se contaminado com o vírus, ou apresentarem sintomas compatíveis com a doença nos dias anteriores à vacinação, gestante ou mulheres com desejo de engravidar em três meses consecutivos, mulheres que estiverem amamentando, pessoas com doenças crônicas sem o devido controle assim como doenças e/ou uso de medicamentos que comprometam o sistema imunológico. E devem atuar diretamente no combate à Covid-19.
“Ver o efeito na prática, quer dizer, ver as pessoas teoricamente vacinadas, não devem pegar a doença, ou devem pegar a doença de maneira mais leve. Nós nunca tivemos uma vacina que foi liberada tão rapidamente assim em menos de um ano”, explica o diretor técnico do Hospital São Lucas, Saulo Bornhorst. Se for aprovada, pode estar disponível pelo SUS, no Brasil já no ano que vem.
Hospital São Lucas da PUC/RS é o responsável pelos testes no estado / Foto: Hospital São Lucas/Divulgação