Ministro das Relações Exteriores espanhol afirmou que viagem de opositor não foi negociada entre Caracas e Madri; Venezuela concedeu todos os meios para saída segura do político de extrema direita
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, negou as declarações falsas do ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, sobre a saída do opositor de extrema direita Edmundo González em direção a Madri por asilo político.
Albares havia afirmado que não houve negociação entre a Venezuela e Espanha para conceder a saída de González da Venezuela.
Por sua vez, Rodríguez respondeu que “a falsidade não é uma boa conselheira” e que “amplas conversas e contatos foram realizados para operacionalizar a saída de González do país com todas as garantias oferecidas por uma passagem segura”, assegurando que o processo foi “produto do acordo entre os dois governos”.
O ex-candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD) às eleições presidenciais venezuelanas, saiu de Caracas no último sábado (08/09) em uma aeronave da Força Aérea Espanhola, que teve permissão das autoridades aeronáuticas venezuelanas para tal, reforçou a vice-presidente.
A confirmação da saída de González da Venezuela foi feita por Rodríguez na madrugada do último domingo (08/09). Segundo ela, o governo venezuelano havia concedido a ele os salvos-condutos necessários pelo asilo, em prol da paz e da tranquilidade política no país.
O opositor de extrema direita deixou Caracas em busca de asilo político pelo governo espanhol. González Urrutia, de 75 anos, tinha um mandado de prisão pendente na Venezuela por vários crimes, incluindo “incitamento à desobediência” e “conspiração”, ligados aos protestos ocorridos após as eleições presidenciais e à publicação de atas eleitorais falsas, após acusar fraude no pleito de 28 de julho e não respeitar a reeleição de Nicolás Maduro, com 51,2%, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).