Além de condições de trabalho e renda, juventude rural precisa de educação do campo, preservação do meio ambiente e democratização da comunicação
Atenção candidatos(as): a reconstrução do País só pode acontecer com a valorização da agricultura familiar, com políticas públicas estruturais que fomentem a renda e autonomia das famílias agricultoras, com o protagonismo da juventude e das mulheres, assim como a urgente preservação e recuperação de nossos biomas devastados, como o cerrado e a Amazônia. A fome e a insegurança alimentar grave são certeza diária para mais da metade da população do Brasil, e o colapso do clima pode agravar ainda mais um cenário de vida hostil agora e no futuro.
Por isso, neste 1º de maio, as juventudes do campo, das águas e das florestas alertam aqueles(as) que pretendem ser governantes e legisladores(as), que nossas bandeiras são a mudança para um projeto de desenvolvimento do campo, florestas e águas em que se invista na agroecologia, nos sistemas agroflorestais, na produção de alimentos saudáveis para o consumo interno e, também, em políticas para a qualidade de vida no campo que afetam diretamente a vida dos mais de 6,5 milhões de jovens rurais: principalmente educação do campo do ensino básico ao superior, gratuita e de qualidade, assim como esporte, cultura, lazer e acesso a internet.
Os(as) representantes de jovens dos movimentos que compõem o campo unitário elaboraram um conjunto de propostas da juventude camponesa em que defendem, entre outras demandas, o apoio do Estado à constituição de sistemas produtivos integrados a ecossistemas e biomas locais, que cumpram a função social de produzir alimentos saudáveis e diversificados para a população que mais precisa, e que tenham como foco a conservação ambiental. Para que o ciclo se complete, é crucial ainda restabelecer e diversificar as políticas públicas para possibilitar a organização produtiva e a comercialização dessa produção.
Neste dia do trabalhador(a), precisamos considerar ainda que as juventudes camponesas são diversas, e têm múltiplas demandas, necessidades e potencialidades. O campo, florestas e águas são espaços de vida em que jovens devem ter a possibilidade de atuar em diversos papeis sociais, atividades e profissões. É preciso cumprir o Estatuto da Juventude e promover oportunidades para que os(as) jovens possam desenvolver todos seus potenciais e contribuir para o desenvolvimento social, cultural, ambiental e econômico de suas comunidades e territórios.
Como temas mobilizadores, essas questões já estão sendo levantadas pelas juventudes urbanas e rurais, e estarão entre os eixos dos Festivais da Juventude Rurais promovidos pelo Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Inspirados(as) pelo Tema “Semeando resistência e cultivando um mundo novo”, os(as) jovens rurais de todo o País já iniciam sua mobilização para o 4º Festival Nacional da Juventude Rural, que será realizado em Brasília daqui a pouco menos de um ano, nos dias 25 a 27 de abril de 2023.
Entre as questões defendidas pela juventude rural, está a democratização do acesso à internet e Tecnologias de Informação e Comunicação, promovendo a inclusão através da criação de mecanismos de integração como rede de energia elétrica, sinal de rádio, televisão e telefone, partindo da estruturação de antenas de rádio e internet, rádios comunitárias, telecentros comunitários, contribuindo para o acesso à informação, criação de redes de comercialização, educação, e uma melhor vida no interior do país, assim como regulamentando acesso gratuito e ilimitado à rede mundial de computadores, que hoje é oferecida de modo restrito por poucas multinacionais, num sistema que não favorecesse o acesso amplo à informação.
Neste 1º de maio de 2022, a juventude rural e camponesa anuncia que semeia a resistência e cultiva um mundo novo, de esperança e oportunidades iguais para todes, e é isso que espera de suas(seus) representantes nos poderes Executivo e Legislativo.
Foto da capa:César Ramos/CONTAG
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