Sindicatos da categoria processam Executivo contra plano que prevê indenizações por oito meses
Mais de 20 mil funcionários do governo dos Estados Unidos planejam aderir ao programa de demissão voluntária proposto pelo presidente Donald Trump, de acordo com uma autoridade da administração.
Na semana passada, a Casa Branca ofereceu a 2 milhões de trabalhadores federais civis em tempo integral a oportunidade de pedir demissão e receber pagamento e benefícios por oito meses, até o dia 30 de setembro. Trump quer reduzir o tamanho do governo federal.
Sindicatos que representam funcionários do governo entraram com ação judicial nesta terça-feira (4) para bloquear o plano. A Federação Americana de Funcionários do Governo e outros dois sindicatos afirmam que a oferta de indenização é arbitrária e viola a legislação federal, de acordo com a queixa.
O prazo para funcionários aceitarem a oferta termina nesta quinta-feira (6).
Os sindicatos dizem que a administração não pode garantir que haverá recursos para a execução do plano de indenizações e não considerou as consequências das demissões em massa, incluindo o impacto da redução de funcionários no funcionamento do governo.
O Escritório de Gestão de Pessoal da Casa Branca defendeu a legalidade do programa em um memorando enviado para as agências federais na terça-feira.
O programa passou por uma extensa revisão legal e é completamente voluntário, ainda de acordo com a autoridade do governo que informou a respeito dos interessados no plano, acrescentando que a ideia era um esforço de ajuda financeira aos funcionários em um momento de redução da força de trabalho das agências federais.
Trump embarcou em uma grande reformulação do governo dos EUA, demitindo e marginalizando centenas de funcionários públicos em seus primeiros passos para reduzir a burocracia e instalar mais aliados.
O número de demissões está crescendo rapidamente, disse o funcionário americano, e há expectativa de que o maior pico de adesões ocorra nas últimas horas até o fim do prazo
A Casa Branca afirmou que isentará funcionários de segurança pública, incluindo controladores de tráfego aéreo, do programa.
A administração incentivou os trabalhadores do governo na semana passada a deixarem “empregos de menor produtividade” e buscarem trabalho no setor privado, e a tirarem férias para um “destino dos sonhos”, provocando indignação entre os funcionários públicos.