Na quarta-feira (6/5), a Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 10/2020, que permite ao Banco Central (BC) adquirir papéis podres dos grandes bancos e investidores, sem limite algum.
O presidente do BC já havia declarado que esse negócio irá custar R$972,9 bilhões, mas esse valor não considera a atualização pela inflação, como constou de levantamento publicado pelo Estadão – que revelou ainda que esses papéis estão acumulados há 15 anos, ou seja, se computada a atualização, estamos falando de um rombo de vários trilhões de reais.
Segundo denúncia da Auditoria Cidadã da Dívida, a dívida pública vai aumentar exponencialmente e a contrapartida serão esses papéis podres adquiridos pelo Banco Central. E, como sempre, o povo é que vai pagar essa dívida enorme, com mais arrocho fiscal, privatizações e retiradas de direitos trabalhistas e sociais.
A Auditoria Cidadã declarou que “esta PEC é mais uma prova cabal, didática e escancarada da produção de dívida pública por meio de mecanismos financeiros totalmente ilegítimos, sem contrapartida alguma ao país ou à sociedade, o que denominamos Sistema da Dívida”.