A Lava Jato, chefiada pelo juiz Sérgio Moro, dizendo combater a corrupção, começou seus trabalhos de investigação na Petrobrás, em 2014 (1).
Em 2015, a Petrobrás ganhava, em Houston, nos EUA, pela 3ª vez, o prêmio OTC, considerado o “Oscar” da indústria do petróleo (2).
O prêmio da OTC dado à Petrobrás foi porque os petroleiros desenvolveram tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal.
E o pré-sal é a maior descoberta petrolífera no mundo contemporâneo. Sendo que já responde por mais da metade da produção nacional de petróleo (4).
Na verdade, o que tanto a Globo quanto a Lava Jato sempre quiseram seria desprestigiar a empresa para entregá-la mais fácil a americanos e aliados, que, para usurpar o petróleo alheio, usam todo tipo de estratégia.
Tanto que, em 2015, o juiz Sergio Moro é premiado pela Globo como homem que faz a diferença (3).
Tanto que a Globo, deixando transparecer seu entreguismo, em editorial de dezembro de 2015, disse: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil” (5).
E assim, o conluio de Moro e Globo persistiu enganando a sociedade fazendo parecer que combatia a corrupção.
E assim a Lava Jato, chefiada por Moro, passou mais de três anos vazando criminosamente denúncias, diariamente, contra a Petrobrás, num claro intuito de manchar a imagem da Empresa, para entregá-la mais fácil. Eram informações que não precisavam de qualquer prova e as imagens iam ao ar no Jornal Nacional da Globo, e aos domingos, no Fantástico, principal programa da Emissora.
Com esses vazamentos criminosos, Sergio Moro fez expandir a audiência da emissora e seu faturamento. E Moro, que além de ter recebido prêmio da Globo, foi elevado por ela a herói nacional.
Da mesma forma que depreciam a Petrobrás para entregá-la mais fácil ao capital internacional, também desmoralizam os fundos de pensão, com a finalidade de entregá-los a bancos privados e, como a Lava Jato, também privilegiar empresas estrangeiras. Assim surgiu a operação Greenfield, que investiga os fundos de pensão e denunciou 29 pessoas por suspeita de gestão temerária envolvendo a Sete Brasil (9,10).
A Sete Brasil seria responsável pela construção de sondas, unidades de perfuração, que viabilizariam a exploração do pré-sal. Com certeza que a construção de sondas, para suprir as necessidades do pré-sal, seria um dos grandes negócios no mundo.
Mas, em nome do combate à corrupção, ao invés de punir os gestores, em se comprovando a “gestão temerária”, essas sondas passaram a ser construídas no exterior, gerando emprego e renda aos gringos. E gerando vultosos prejuízos aos Fundos que investiram na Sete Brasil, que são Previ, Petros e Funcef.
A indústria Naval brasileira, que inclui principalmente a construção de navios e plataformas, foi destruída pela Lava Jato, tudo em nome do combate à corrupção, e também agora tudo isso está sendo construído no exterior, gerando emprego e renda aos gringos (6,7).
Também a construção de duas refinarias, do Ceará e Maranhão, que dariam, além de autossuficiência para a Petrobrás no refino, um excedente para exportação, gerando caixa para União e empregos no Nordeste. Entretanto, assim como a Sete Brasil foi cancelada pela Greenfield, a Lava Jato cancelou a construção das refinarias, pela suspeição de superfaturamento e prejuízo de R$ 3.8 BI na obra (11 a 13). Não seria mais sensato prender os corruptos em se comprovando o superfaturamento e manter a obra, os investimentos e os empregos?
O interesse foi, como sempre, prestigiar os gringos. Tanto que, enquanto isso a Petrobrás pagou, aos EUA, em 12 meses, R$ 25 BI na importação de gasolina e diesel (8). Se as refinarias estivessem produzindo não precisaríamos importar.
E Bolsonaro ainda quer vender metade das refinarias da Petrobrás, com certeza para gerar mais emprego e dar mais dinheiro aos EUA (17).
Voltando à operação Greenfield, ela apura um rombo gigantesco nos fundos de pensão das estatais, dentre eles na Petros.
E por conta do rombo, os petroleiros, ativos e aposentados, estão pagando por 18 anos, no mínimo com 13% de seus salários. Isso sem nunca terem sido gestores da Petros e agora a direção “boazinha” da Petrobrás e a direção da Petros vão transformar o pagamento, ao invés de 18 anos, em vitalício.
Já o então assessor do candidato Bolsonaro, Paulo Guedes, montou uma quadrilha junto, com seu assessor Esteves Colnago e outros, e deu rombo nos Fundos de pensão das estatais, entre eles na Petros, de R$ 6.5 BI (15,16).
Se os petroleiros estão pagando por algo que não fizeram, Paulo Guedes foi promovido a ministro da Economia de Bolsonaro, isso com aval da Lava Jato e Greenfield, e não foi preso e nem paga nada pelo rombo que deu!
E para piorar, Paulo Guedes, com a privatização da BR Distribuidora, além fazer os petroleiros pagar a Petros pelo rombo que ele deu, ainda tirou 600 empregos. E mais, os petroleiros que ficaram na empresa ainda tiveram redução de 30% nos salários, caso contrário seriam demitidos (14)!
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2 – https://petrobras.com.br/fatos-e-dados/recebemos-o-premio-offshore-technology-conference-2015.htm
5 – https://oglobo.globo.com/opiniao/o-pre-sal-pode-ser-patrimonio-inutil-18331727
7 – https://www.ocafezinho.com/2017/04/03/lava-jato-destruiu-industria-naval-brasileira/
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Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1163280532-livro-a-outra-face-de-sergio-moro-_JM?quantity=1.