Manifestação de mães, pais, alunos e professores, nesta quarta, 19/8, em frente ao Palácio Piratini. Foto de Marcelo Prado.
Mobilização nesta quarta, 19 de agosto, contra o retorno das aulas no Rio Grande do Sul, reúne professores, pais e alunos em frente ao Palácio Piratini. A proposta de retomada a partir de 31 de agosto foi apresentada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) para prefeitos da Federação de Associações de Municípios (FAMURS). A entidade realizou uma pesquisa que foi respondida, por 367 prefeitos dos 497 municípios gaúchos. Mostra que 93,75% rejeitam o calendário de volta às aulas presenciais. Além disto, um estudo apresentado pelo CPERS-Sindicato mostra que 84% dos pais e mães não mandariam seus filhos às escolas antes de uma vacina para a Covid-19. O retorno começaria pela Educação Infantil , depois o Ensino Superior, em 14 de setembro, o Médio e o Técnico, em 21 de setembro, os anos finais do Ensino Fundamental, em 28 de setembro e os anos iniciais, em 8 de outubro.
Estiveram no ato, representantes da Associação Mães e Pais pela Democracia, do CPERS Sindicato, do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS), União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES-RS), da Central Única dos Trabalhadores, da Associação dos Orientadores Educacionais do RS. As regras de distanciamento controlado foram respeitadas e contou com um grupo de 40 pessoas. Depoimentos de pais e alunos contrários à proposta foram apresentados em um telão ao longo da manifestação. “Não temos condições de retorno, as escolas não têm funcionários e capacidade estrutural para receber os estudantes”, lembra a presidente do CPERS-Sindicato, Helenir Schurer. A opinião também é compartilhada pelo presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci. “Querer o retorno às aulas é colocar em risco a vida de alunos, professores e funcionários, além de mães, pais e demais familiares”. Cruzes de cor preta foram amarradas em uma gradil do outro lado da rua do Palácio Piratini, após o ato.