O número de pacientes com Covid-19 internados em leitos clínicos no Rio Grande do Sul atingiu o pico com 1.002 pessoas, maior número registrado desde o dia 20 de julho, com 955 pacientes. Os dados foram apresentados pelo governador Eduardo Leite (PSDB), nesta segunda, 23 de novembro. A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIS) está em 76,8%, em tendência de crescimento. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, nesta terça, 24, são 301.766 casos positivos para o coronavírus no Estado e 6.573 mortes.
Mesmo assim, o chefe do Executivo gaúcho avalia que o governo não avalia no momento impor restrições para atividades econômicas. Mas que observa como os países na Europa enfrentam a nova onda de contaminações. Leite informou ainda que será lançada uma campanha publicitária para estimular a conscientização das pessoas, “para que se cuidem e cuidem das outras”.
O mapa de distanciamento controlado desta semana apresenta a partir desta terça-feira, 24 oito regiões com bandeira vermelha, o que representa risco epidemiológico alto. Para tentar conter o avanço do coronavírus, situado na Fronteira-Oeste, a administração municipal de Rosário do Sul estado de lockdown desde o último final de semana. O próximo começará a vigorar nesta sexta-feira, 27, às 20h até às 6h da manhã da segunda-feira, dia 30. A medida veta o funcionamento do comércio em geral, a proibição de atividades sociais ao ar livre, e a permanência de pessoas em espaços públicos. São 542 casos da doença e duas mortes, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. No município de Alegrete foi decretado toque de recolher desde o dia 20 de novembro, a partir das 21h. Diante do aumento no número de casos de coronavírus.
Em entrevista concedida ao Jornal Brasil Popular Milton Kempfer, o presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul (Feessers), o modelo de distanciamento controlado do governo gaúcho funciona como “medida ineficaz porque deveria ser baseado no número de contaminações por Covid-19 e não nas internações”. Kempfer enfatiza ainda que a classificação por cores de bandeiras deveria durar por cerca de três semanas nas regiões e quando apresentassem uma tendência clara de queda no número de casos positivos. Além disso, “os municípios são muito próximos uns dos outros, com um elevado grau de circulação de pessoas”. Facilitando o aumento nas contaminações”.
Rosário do Sul, na Fronteira Oeste, terá lockdown mais uma vez no próximo fim de semana.
Foto de Larissa Hummel/Gazeta de Rosário