Em dezembro, se celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, instituído pela ONU em 1992, quando passou a celebrar-se a data em 03 de dezembro. O objetivo principal deste marco é conscientizar a população a respeito da importância de assegurar uma melhor qualidade de vida às pessoas com deficiência, em todo o mundo.
Mais de uma década depois, o termo Diversidade Funcional foi proposto pelo Fórum de Vida Independente em 2005, como uma alternativa que traduzisse diferentes capacidades e não as limitações do indivíduo. Reconhecer as grandes variações das capacidades numa mesma pessoa ao longo de sua vida, seja durante a infância, a velhice, ou qualquer outra etapa temporária ou permanente na qual se dependa de pessoas ou auxílios técnicos para o exercício da autonomia, permite que a diversidade funcional seja observada na sociedade do mesmo modo que se observa a diversidade cultural, afetiva ou geracional.
E por isso, nos dias 09 e 16 de dezembro, às 19h, as lives do Fórum de Produtores Culturais irão se dedicar à temática da Diversidade Funcional e Didática Multissensorial, em parceria com o Memorial da Resistência de São Paulo e a Casa de Zuleika, dirigida pela artista Estela Lapponi (SP).
No dia 09 de dezembro às 19h, os canais de Instagram do Memorial da Resistência de São Paulo e do Fórum de Produtores Culturais, realizarão uma transmissão conjunta, na qual se abordará o exemplo da Educação em Direitos Humanos para pessoas com deficiência no Memorial da Resistência de SP.
Se falará sobre o processo de implementação do projeto de acessibilidade do Memorial ParaTodos, tratando dos desafios e conquistas ao longo de sua existência, as metodologias utilizadas para o desenvolvimento das ferramentas de apoio didático ao público de pessoas com deficiência e as práticas desenvolvidas, além das adaptações físicas realizadas nos espaços da instituição museológica.
A apresentação será realizada por Daniel Gonzalez, educador responsável pelo projeto de acessibilidade “Memorial ParaTodos” do Memorial da Resistência de São Paulo, com a interpretação em Libras de Amanda Oliveira.
Daniel Augusto Bertho Gonzales é graduado e licenciado em História pela Universidade de São Paulo (USP) e atua na área de Educação Inclusiva em museus desde 2008. Foi educador responsável pelo Programa de Inclusão do Museu da Casa Brasileira e atualmente é educador responsável pelo projeto de acessibilidade “Memorial ParaTodos” do Memorial da Resistência de São Paulo.
Foi finalista do Prêmio Ações Inclusivas, categoria governamental da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo nos anos de 2017 e 2018 e vencedor do Prêmio Novos Olhares MIS/SP em 2017. É Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa de Acessibilidade em Museus (Gepam), coordenado pela Doutora Viviane Panelli Sarraf.
Amanda de Lima Oliveira é tradutora intérprete de Língua Brasileira de Sinais, performer, co-criadora do coletivo RamariaS de mulheres surdas e ouvintes, contadora de histórias e co-criadora do gRUPO êBA! de narração de histórias bilíngues (Libras/Português).
Serviço:
Daniel González, do Memorial da Resistência de São Paulo, no Fórum de Produtores Culturais, com a tradução em Libras de Amanda Oliveira – Especial Mês da Diversidade Funcional e Didática Multissensorial.
Dia: 9 de dezembro de 2020, quarta-feira, às 19h. Horário de Brasília (GMT-3)
Acesso: público e gratuito. É necessário possuir uma conta na rede social gratuita Instagram.
Canais de Transmissão: Instagram do Fórum de Produtores Culturais (www.instagram.com/forumdeprodutoresculturais) e o do Memorial da Resistência de SP. (www.instagram.com/memorialdaresistenciasp).
Classificação Indicativa: Livre
E no dia 16 de dezembro às 19h, o Fórum de Produtores Culturais receberá a performer paulistana Estela Lapponi.
Videoartista e dançarina, fundou sua própria companhia em 2005, a inCena 2.5, que tem como foco artístico de investigação o discurso cênico do corpo com deficiência, a prática performativa e relacional com o público, e a integração das artes visuais e performáticas.
Desde 2009 realiza práticas artísticas em diversas linguagens e teoriza sobre o conceito que criou: O Corpo Intruso. Como explica Estela:
“Eu quero ser o corpo que vai causar certa estranheza e fazer as pessoas refletirem sobre a inclusão de fato, com um encontro de mundos que pensa a diversidade. Pode ser uma pretensão da minha parte, mas eu não quero ser uma incluída. Eu quero ser uma intrusa para poder de fato transformar esse lugar. É como uma doença, um corpo estranho que desestabiliza o funcionamento do organismo, que vai trabalhar para expulsar esse corpo estranho ou absorvê-lo. E a partir do momento em que o absorve, nós elevamos a discussão para um novo nível.”
Estela escreveu o Manifesto Anti-inclusão em 2011, no qual problematiza a proposta de uma suposta inclusão unilateral, autoritária, hierárquica e impositiva, que põe o mundo dos “normais” como a referência e o mundo dos deficientes à parte. Nesta premissa de inclusão, não existiria um encontro de mundos: há um que já é tido como a referência, e os deficientes teriam de ser incluídos nele e se adaptar a ele. Essa visão de inclusão não discute verdadeiramente a diversidade.
É também a idealizadora da Casa de Zuleika – Espaço Contemporâneo em São Paulo e em 2018 dirigiu seu primeiro curta-metragem – profanAÇÃO – graças ao Edital de Produção de Curta da SPCine e apoio do Instituto Itaú Cultural. Para conhecer mais sobre o trabalho de Estela Lapponi e da Casa de Zuleika acesse o site: estelapponi.wixsite.com/casadezuleika
Serviço:
Estela Lapponi no Fórum de Produtores Culturais – O Corpo Intruso – Especial Mês da Diversidade Funcional e Didática Multissensorial. Mediação: Aryane Sánchez
Dia: 16 de dezembro de 2020, quarta-feira, às 19h. Horário de Brasília (GMT-3)
Acesso: público e gratuito. É necessário possuir uma conta na rede social gratuita Instagram.
Canais de Transmissão: Instagram do Fórum de Produtores Culturais (www.instagram.com/forumdeprodutoresculturais) e o de Estela Lapponi: (www.instagram.com/estelapponi)
Classificação Indicativa: Livre