Levantamento mostra falta de condições das escolas estaduais gaúchas.
Crédito – Divulgação/CPERS Sindicato
A possibilidade de retorno às aulas presenciais na rede pública estadual gaúcha durante a pandemia, coloca em debate, além da falta de segurança sanitária, e da vacinação que anda a passos lentos, expõe a falta de condições das escolas. Levantamento do Censo Escolar 2020, realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) mostra que das 2.410 escolas estaduais no Rio Grande do Sul, somente 26,2% possuem água potável e 328 não tem sequer possuem banheiros em suas dependências.
Além disso, os dados mostram que 86,3% das escolas contam com abastecimento da rede pública, mas que não há garantias de que a água seja apropriada ao consumo humano. A falta de esgotamento sanitário chega a apenas 54,8% das escolas. A carência de acessibilidade também é destaque nos dados, 69,8% não possuem banheiro adequado ao uso de alunos com deficiência ou mobilidade reduzida.
Os dados foram apresentados pelo CPERS Sindicato nesta terça-feira, 9 de fevereiro, como forma de evidenciar as desigualdades entre as escolas públicas e privadas. “Uma política real de redução das desigualdades passa por investimentos consistentes na manutenção e qualificação dos equipamentos públicos que compõem a rede, bem como na valorização dos educadores” alerta a entidade. Apela aos integrantes do Gabinete de Crise para que “tenham o bom senso de rejeitar a proposta do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS)”, que solicitou que o governo gaúcho torne obrigatória a presença dos estudantes em sala de aula. A medida valeria para a rede pública e privada e deve ser avaliada nesta quinta-feira, 11 de fevereiro pelo Palácio Piratini.