O ato “Vacina Já” foi realizado, neste domingo (21), na Praça Municipal, em Salvador. O protesto faz parte das carreatas promovidas pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo em mais de 70 cidades em todo o País
De forma simbólica, a ação espalhou cruzes na Praça Municipal e estendeu faixas com “Fora Bolsonaro” e ‘Vacina Já’ ao lado do Elevador Lacerda, centro de Salvador.
O ato acontece um dia após o Brasil registra 1.345 mortes pela Covid-19 em apenas 24 horas, chegando ao total de 244.955 óbitos desde o começo da pandemia do novo coronavírus. Com isso, a média móvel de mortes no País, nos últimos 7 dias, foi de 1.051. Já são 30 dias com essa média acima da marca de 1 mil. Além do número de mortes, foram registrados, em apenas 24 horas, 57.472 novos casos de contaminados. “O presidente Jair Bolsonaro continua, insistente e doentiamente, estimulando aglomerações e o não uso de máscaras”, afirma um dos manifestantes.
Além do aumento do número de mortes e casos, até o momento, menos de 3% da população foi vacinada em todo o Brasil. Salvador está entre as sete capitais que não têm mais o imunizante. Na semana passada, o Ministério da Saúde apresentou um cronograma para distribuir, até julho/2021, 230 milhões de doses, mas, no dia seguinte, o mesmo cronograma foi cancelado pelo próprio ministério.
Para o presidente do PT municipal, Ademário Costa, o ato acontece no momento mais crítico da segunda onda da crise sanitária, em que o Brasil enfrenta um cenário de escassez total de imunizantes, o aumento no número de casos de contaminação e a falta completa de um planejamento de vacinação pelo Ministério da Saúde e de combate à pandemia pelo governo Bolsonaro.
“A falta de vacina do Brasil é o maior absurdo que já presenciamos de todos os outros praticados pelo governo Bolsonaro. Não há vacinas e nem um cronograma de vacinação viável que possa ser implementado no país. O Ministério da Saúde está em constante contradição e é extremamente ineficiente. As pessoas estão morrendo e o Brasil está sem perspectiva, sem esperança, vivendo um caos por conta do descaso, o desrespeito o desgoverno de Bolsonaro”, afirmou o dirigente.
Ademário acrescentou “o Presidente Jair Bolsonaro está preocupado em armar a sociedade, incentivar a violência, negar a gravidade da pandemia, praticar crimes contra a democracia, ofender as instituições e levar o país à estagnação econômica, às privatizações. Não podemos nos calar diante dessa situação. É preciso reagir. Além da vacinação, reivindicamos o auxílio emergencial no valor de R$ 600,00, mais Bolsa Família, aumento do salário mínimo, defesa dos direitos trabalhistas e o Fora Bolsonaro”, concluiu.
O secretário de mobilização do PT de Salvador, Walter Takemoto, também destacou a importância do ato diante da gravidade da crise sanitária no país. “Este ato é uma demonstração que, aqui em Salvador, os militantes que defendem um país mais democrático, mais justo e solidário, não se intimidarão diante desse governo genocida de Bolsonaro. Nós estendemos duas faixas de 10 metros ao lado do Elevador Lacerda com as falas: Vacina Já e Fora Bolsonaro e elas representam o que queremos: um novo país, um novo governo, um novo projeto democrático, popular de liberdade e justiça social”, falou Takemoto.
Para a secretária de movimentos sociais do PCdoB-BA e presidente da UNEGRO, Ângela Guimarães, o ato foi em prol da aceleração no plano de vacinação e outras pautas urgentes que têm levado o país ao colapso. “Completamos um mês de ações nas ruas, externando toda a indignação com este governo, o pior do mundo na gestão da pandemia que já consumiu mais de 245 mil vidas e aprofunda as desigualdades ao cortar o auxílio emergencial e não apresentar nenhuma ação que amenize q situação de miséria a que o nosso povo está submetido. É também um brado pela vida, por vacina para todo mundo pelo SUS de forma gratuita, da volta do auxílio emergencial de R$ 600, diante do aumento da pobreza no Brasil, e do impeachment de Bolsonaro”, disse.
Agenda
A Campanha Nacional Fora Bolsonaro em Salvador é formada pela Frente Brasil Popular, o Fórum das Centrais Sindicais, da União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO), a União da Juventude Socialista (UJS), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), além do PT e PCdoB-BA, entre outros partidos de esquerda, movimentos sociais e organizações da sociedade civil.
Próximas atividades:
23/02 (terça-feira) às 18:30h – Reunião das Mulheres da Frente Brasil Popular
25 (quinta-feira) e 26/02 (sexta-feira) – Ocupação da Lapa com aulas públicas sobre Educação e Saúde
08/03 (segunda-feira) – Incorporação da Agenda do Movimento de Mulheres
27/03 (sábado) – Ato de Mulheres em Cajazeiras.