O Brasil registrou o recorde negativo de 3.149 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, somados 501 óbitos da SES/RS não registrados na terça-feira (16), de acordo com números atualizados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (17).
Os dados do consórcio de imprensa dão conta de que foram contabilizadas 2.736 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas e totalizou nesta quarta-feira (17) 285.136 óbitos. Com isso, a média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias chegou a 2.031, ficando pela primeira vez acima da marca de 2 mil.
Tanto os números da Conass como os do consórcio de imprensa são subnotificados porque o Estado brasileiro está contabilizando a menos, desde o início da pandemia. Há especialistas dizendo que os números podem ser, facilmente, multiplicados por seis.
“Pior colapso sanitário e hospitalar de sua história”, diz Fiocruz
Os números, segundo análise científica, continuam em crescimento e a perspectiva é aprofundar a crise com as variantes bem mais fortes do que o vírus original. A situação é trágica e catastrófica a ponto de a Fundação Oswaldo Cruz, ao divulgar, na terça-feira (16), um levantamento sobre as taxas de ocupações de leitos em todo o País a partir da crise de Covid-19, declarar que o Brasil vive o pior colapso sanitário e hospitalar de sua história.
Segundo os pesquisadores, 24 estados e o Distrito Federal apresentam, no momento, taxa de ocupação em UTIs acima de 80%, sendo 15 com 90% ou mais. A entidade também pediu maior rigor nas medidas de restrição às atividades não essenciais.
“Na data de ontem (16/3), a Secretaria Estadual do Rio Grande do Sul não consolidou os dados dentro do horário limite para a atualização do painel pelo Conass. Com isso, não foram contabilizados 9.331 casos e 501 óbitos. Estes registros foram somados aos dados publicados hoje”, informou o Twitter oficial do Conass nesta quarta-feira (17).
A trajetória do coronavírus mostra que a única forma de barrá-lo é com uma política séria de distanciamento, isolamento sociais e confinamento total e, juntamente com isso, vacinação em massa de toda a população. E para o País não piorar a pior crise econômica também da sua história, precisa eliminar a política neoliberal, privatista e Estado mínimo adotada pelo ministro da Economia Paulo Guedes. Especialistas afirmam que somente com essas duas ações, o Brasil sairá da tragédia.
Em 16 de junho de 2020, menos de um mês depois de atingir um milhão de casos confirmados de Covid-19, o Brasil registrou mais de dois milhões de infectados. Em 8 de julho, entretanto, um milhão de pessoas já haviam se recuperado da doença. Atualmente, o Brasil é o segundo país com mais mortes registradas pela Covid-19, atrás apenas dos EUA.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, o novo coronavírus já infectou mais de 121 milhões de pessoas em todo o mundo. O marco é alcançado 15 meses após seu surgimento na cidade chinesa de Wuhan. O número de mortos por Covid-19 no mundo já ultrapassou 2,5 milhões. Por outro lado, mais de 65 milhões de pessoas já se recuperaram da doença globalmente.