A prorrogação do prazo de fechamento de bares e restaurantes por mais uma semana em São Luís, com o atendimento se restringindo ao delivery e à venda em balcão foi mal recebida pelos proprietários desse tipo de estabelecimentos.
A decisão do governo estadual, anunciada ontem, 19, pegou os empresários de surpresa, mas a reação foi rápida: duas das entidades representativas do setor assinaram nota conjunta, lamentando a falta de diálogo entre poder público estadual e as lideranças da categoria e acenaram com a possibilidade de fecharem totalmente as portas por 24 horas na terça-feira, 23, deixando a ilha da capital maranhense sem qualquer atendimento no setor de comidas prontas.
O empresariado do setor afirma ainda na nota que mil postos de trabalho podem ser fechados com a adoção da medida restritiva por mais esta semana. O documento é assinado pelo Sindicato de Bares e Restaurantes de São Luís (Sindebares) e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – seção do Maranhão (Abrasel-MA).
Por sua vez, numa resposta indireta às duas entidades, o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo, postou em diversos canais uma matéria do jornal El País com o sugestivo título: “Não é o lugar, é o que acontece dentro. Porque bares e restaurantes oferecem risco de contágio por covid-19″. O artigo mostra que lugares fechados, onde as pessoas tiram a máscara para consumir, podem causar surtos. Simplício é o negociador do governo estadual junto aos setores empresariais.