Diante do terrível agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, é urgente, indispensável , que seja organizado um Diário da Constituinte, exibido, obrigatoriamente, por TV e Rádio, no mesmo horário, visando a criar uma consciência sanitária no povo brasileiro, buscando informá-lo, sensibilizá-lo, alertá-lo que o início da vacinação, conforme indicam especialistas, não impede que ainda possa ocorrer uma nova e grande onda de contaminação pela Covid-19, causando ainda mais perdas humanas.
Não é admissível que, diante de uma tragédia deste porte, com mais de 310 mil mortos, um colapso hospitalar sem precedentes e uma vacinação lenta e tardia, que os meios de comunicação não alterem, significativamente, sua programação, usando os horários mais nobres para uma comunicação destinada e direcionada a salvar vidas para vencer o ceticismo e a ignorância difundidos, criminosamente, pelo governo Bolsonaro e seus apoiadores.
Tal como foi feito durante a realização da Assembleia Nacional Constituinte, quando se veiculou o Diário da Constituinte, na TV e Rádio, em dois horários importantes, para informar aos trabalhadores da elaboração da nova Carta, agora, é urgente, é, praticamente, obrigatório uma ação comunicativa de peso, de porte, para que essa notória afronta ao perigo desta pandemia, seja combatida com informações científicas, criativas, com personalidade com grande empatia popular.
O que não é concebível é que os veículos eletrônicos de comunicação continuem com sua programação rotineira, como se não estivéssemos perdendo uma guerra para um vírus, com mais de 3 mil mortos por dia, desperdiçando recursos tecnológicos de audiovisual que podem formar uma real consciência popular sobre perigo que estamos vivendo como sociedade. Os meios de comunicação de massa são concessões de serviço público, e, em situações extraordinárias, devem ser utilizados de modo extraordinário como bem público que são.
É indispensável que entidades da sociedade civil como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) debatam iniciativas dessa natureza e busquem apoiar sua concretização, sensibilizando o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), com este objetivo, para o bem do Brasil e do povo brasileiro, ainda não plenamente convencido do perigo que atravessa.