Nesta quinta-feira (29/4), o Brasil bateu novo recorde. Não foi na economia, nem na soberania, nem da eliminação da fome, muito menos na erradicação do analfabetismo e da extrema pobreza, nem de melhoria dos serviços públicos. Foi mais um dos sucessivos recordes de mortes evitáveis por Covid-19.
Nesta quinta (29), segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil conseguiu, para satisfação e júbilo de alguns Ministros de Estado, eliminar 401.186 pessoas por meio da Covid-19. Ao todo, foram computadas 3.001 mortes nas últimas 24 horas em todo o País.
Apesar da morte de mais de 400 pessoas só de Covid-19, em 13 meses, o Estado brasileiro, que segundo alguns ministros “está quebrado” e não tem dinheiro público para sustentar a população que o sustenta financeiramente, continua potente para desviar o dinheiro público, que deveria combater a pandemia do novo coronavírus, fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Plano Nacional de Imunização e Doenças Transmissíveis (só para citar três setores de direitos humanos contidos na Constituição), destinou 53,92% (R$ 4,148 trilhões) do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2021 no sistema financeiro por meio da chamada “dívida pública”, que ninguém sabe quanto é. Nunca foi auditada.
É esse o Estado que o ministro Paulo Guedes diz estar quebrado. Todavia, quando nos referimos aos dados da Covid-19, para efeito de comparação, o número de óbitos seria o equivalente à extinção de 214 cidades em todo o País, segundo levantamento realizado pelo jornal Metrópoles.
Os dados do Conass indicam que a média móvel foi 2.526 mortes diárias. O número é maior que o registrado na quarta-feira (2.387 óbitos). Em comparação com o verificado há 14 dias, houve queda de 12%, indicando desaceleração, apesar do alto índice registrado.
Foram anotados 1.290 falecimentos e 47.774 novos infectados nas últimas 24 horas em todo o País, segundo balanço mais recente divulgado pelo Conass. Já o consórcio de veículos de imprensa diz que houve 3.074 mortes nas últimas 24 horas e, com esses registros, todos subnotificados (os do Conass e os do consórcio), o País atingiu 401.417 óbitos desde o início da pandemia, em mais ou menos 12 de março de 2020.
Com os números do consórcio, os dados da média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias indica ter chegado a 2.523. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -12%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes do vírus. Isso ocorre após 6 dias seguidos com indicativo de queda.
De acordo com as contados do G1, “já são 99 dias seguidos no Brasil com a média móvel de mortes acima da marca de mil e que o País completa, agora, 44 dias com essa média acima dos 2 mil mortos por dia”.