O resultado do sequenciamento genômico das amostras coletadas junto aos tripulantes do cargueiro Shandong Da Zhi que apresentaram resultado positivo para a covid-19 deve ser conhecido nesta sexta-feira (21). O navio, que tem 24 tripulantes, teve 15 de seus marujos diagnosticados com a doença e três deles chegaram a ser internados em hospital particular de São Luís. Hoje, apenas um prossegue hospitalizado, enquanto os outros dois foram levados de volta à embarcação para cumprir a quarentena decretada pelas autoridades marítimas e sanitárias brasileiras. O sequenciamento determinará qual cepa acometeu a tripulação.
O Shandong Da Zhi é um graneleiro que habitualmente transporta minério de ferro do Complexo Portuário de São Luís ao entreposto marítimo que a empresa Vale mantém no porto de Teluk Rubiah, na Malásia. De lá, o minério é levado em navios menores para os compradores do produto brasileiro no Extremo Oriente, especialmente chineses.
Em relação ao caso do navio, o secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, que também é presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) tranquilizou a população maranhense durante entrevista que concedeu hoje a um programa matutino na afiliada SBT da capital maranhense.
“Queremos esclarecer para que as pessoas não fiquem com receio. Todos que vão até o navio não retornam ao local de trabalho. O navio só será liberado quando todos apresentarem resultado negativo e com a certeza que nenhum esteja transmitindo o vírus”, disse ele, acrescentando que todo o acesso à embarcação vem sendo feito por helicópteros.
No entanto, Carlos Lula fez um alerta sobre a sensação de que o pior da covid-19 já passou: “Não quero ser o profeta das notícias ruins, mas estamos em uma subida para a terceira onda. Se isso continuar, iremos chegar rapidamente aos 100% de ocupação de leitos e a doença continua circulando de forma intensa”, detalhou. “Uma terceira onda pode levar a um cenário muito difícil, pois ainda não esvaziamos os hospitais como na primeira vez”, disse ao final.