Centrais sindicais e movimentos sociais protestaram na Esplanada dos Ministérios na manhã desta quarta-feira (26) por auxílio emergencial de R$ 600, vacinação imediata da população, contra a fome e o descontrole no preço dos alimentos e produtos. Houve distanciamento social na manifestação e os protocolos de uso de equipamentos de segurança foram seguidos.
As entidades denunciaram a situação trágica no Brasil, onde milhões de brasileiros passam fome. Isso, segundo as entidades, em consequências da política genocida do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que resultou na morte mais de 450 mil brasileiros por Covid-19. O negacionismo no enfrentamento à pandemia e a falta de políticas efetivas na geração de emprego foram listados como as ações que resultaram nessa tragédia.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) doaram 600 sestas básicas no ato.
Para as lideranças sindicais, a crise econômica em que se encontram milhões de brasileiros é reflexo da redução do auxílio emergencial. Este ano, apenas cerca da metade das pessoas que receberam no ano passado estão acessando o benefício agora. Além disso, os valores também reduzidos de R$ 600 em 2020 para valores que variam de R$ 150 a R$ 375.
De acordo com o presidente da CUT-Brasil, Sérgio Nobre, o ato teve o objetivo de chamar a atenção da população para a realidade crítica que está passando o País. “Queremos chamar a atenção para a questão da fome, da carestia. Famílias inteiras estão dormindo nas calçadas. Isso tinha acabado e não esperávamos que essa situação voltasse – pessoas, crianças, pedindo auxilio nos faróis e supermercados”, disse.
Após o ato, líderes das entidades entregaram a Agenda Legislativa de interesse da Classe Trabalhadora à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.