Atendendo ao convite do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a CPI da Covid-19 ouvirá, nesta quinta-feira (27), o presidente do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, responsável por um acordo de colaboração, firmado com uma farmacêutica da China, Sinovac/Biotech, para desenvolver o imunizante contra a Covid-19.
Primeiro instituto a fornecer vacina de combate à Covid-19 à população do País, o Butantan produziu a CoronaVac, graças à associação do instituto com a fabricante chinesa de medicamentos Sinovac Biotech. Mas o governo reagiu contra a compra da CoronaVac.
Para o presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD/AM), o depoimento de Dimas Covas poderá ajudar a esclarecer exatamente a questão da compra da CoronaVac por parte do governo.
O vice-presidente da CPI da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues, também considera relevante a presença de Dimas Covas na comissão, porque a vacina desenvolvida pelo Butantan, foi a primeira experiência exitosa, a conseguir registro no Brasil. Outra importância do depoimento de Dimas, é a oportunidade de ele “esclarecer por que está ocorrendo esse atraso de insumos da China, o que tem prejudicado a vacinação dos brasileiros. “Minha expectativa é de que este vai ser um dos depoimento mais proveitosos para esta CPI”, argumenta Randolfe.
Estudo realizado por pesquisadores brasileiros, em pessoas com mais de 70 anos, revelou que a CoronaVac foi 42% efetiva no “cenário de mundo real” contra a Covid-19. A pesquisa foi publicada em uma plataforma pré-prints, ou seja, que ainda não passou pela revisão de outros cientistas.
Até agora, a CPI da Covid-19 já ouviu os ex-ministros da saúde, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo, além de Antônio Barra Torres, da Anvisa; Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo; Carlos Murillo, da Pfizer, e Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde.