O economista disse à TV 247 que, hoje, “há um ponto melhor do que em 2002, quando Lula assumiu a Presidência, o setor externo é mais favorável”
As pessoas estão discutindo o dia a dia da política brasileira e se perguntando se o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) vai cair, se vai entrar o vice-presidente Hamilton Mourão ou não. A situação institucional, política e econômica do Brasil é o principal tema das rodas de conversas.
Enquanto isso não acontece, tudo vai se deteriorando na economia brasileira e a população já mostra grandes sinais de que não quer ser comandada por Bolsonaro e nem aceita mais a política econômica neoliberal executada pelo banqueiro Paulo Guedes, que atua no Ministério da Economia para grandes grupos empresariais nacional e internacional.
A insatisfação generalizada é tanta que o governo militarizado de Jair Bolsonaro ameaça o País de outro golpe de Estado o tempo todo para subjulgar a população. As pesquisas de intenção de voto sobre as eleições de 2022, contudo, têm mostrado a ele e a quem o apoia que não adianta mais e que o ex-presidente Lula ganha com folga a próxima eleição para a Presidência da República. Diante de tanto retrocesso e desmonte do Estado nacional, as pessoas já estão discutindo como será a reconstrução do Brasil.
Recentemente, o ex-presidente Lula foi questionado sobre a volta dele à Presidência da República e ele observou que as condições do Brasil hoje são piores do que as de 2002 tanto no panorama brasileiro econômico como no político e institucional. No entanto, está disposto a disputar. No 1º de Maio, Dia do Trabalhador, deste ano, ele declarou: “Já reconstruímos o Brasil uma vez. Vamos reconstruir de novo”.
E é verdade. Graças aos governos Lula e Dilma, o País tem condições de reverter essa situação de neocolônia de países ricos que o golpe de Estado de 2016, comandado pelo ex-vice-presidente, Michel Temer (MDB), o submeteu e, o governo Jair Bolsonaro/Hamilton Mourão/Paulo Guedes, aprofundou. O economista Paulo Nogueira Batista Júnior concorda que, do ponto de vista político e institucional, as condições do Brasil hoje são muito piores do que eram em 2002, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, mas afirma que, em 2002, também não estava tão fácil de reverter como agora e aponta um fator positivo para essa volta.
“Há um ponto melhor do que em 2002, quando Lula assumiu a Presidência, o setor externo é mais favorável. A economia mundial está se movendo rapidamente, há uma recuperação muito forte nos termos de trocas, os preços dos produtos importados pelo Brasil, e a situação das contas externas brasileiras é mais forte . Fernando Henirque, em 2002, deixou tudo pendurado por um barbante, à beira de uma crise cambial. E hoje temos reservas muito mais altas graças, aliás, ao governo Lula e ao governo Dilma. E então, sob esse ponto de vista, a posição brasileira é melhor”, afirma o economista.
Confira a entrevista na íntegra no YouTube a seguir: