Nos depoimentos obtidos pelo programa, servidores do órgão dizem que Camargo associa pessoas de “cabelos altos” a malandros.
“Ele (Sérgio Camargo) diz: “Esses homens que têm esses cabelos altos e de periferia são todos malandros” — contou um ex-funcionário da fundação ao “Fantástico”.
Os funcionários denunciaram também que servidores concursados teriam pedido demissão por causa de um clima de terror psicológico criado na instituição sob o comando do atual presidente do órgão, que perseguiria o que ele define por “esquerdistas”.
Segundo o Fantástico, a TV Globo teve acesso aos 16 depoimentos contra Camargo. De acordo com Paulo Neto, procurador do MPT, todos eles convergem para os crimes de assédio moral, perseguição ideológica e perseguição.
O ex-diretor disse também em depoimento ao MPT que Sérgio Camargo “passa mais tempo no Twitter e no Facebook postando e caçando funcionários esquerdistas do que trabalhando”.
O MPT pediu o afastamento de presidente da fundação, além do pagamento de uma indenização de 200 mil reais por danos morais, segundo a TV.
Nas redes sociais, o presidente da fundação se manifestou sobre temas relacionados à denúncia. No Twitter, ele escreveu que “ter orgulho do cabelo é ridículo para o negro” e que o negro orgulhoso de seu cabelo é um “fracassado a serviço do vitimismo”.
Da Carta Capital e G1 com edição do Jornal Brasil Popular