A expectativa na Polícia Federal (PF) é sobre qual será o impacto da conversa entre o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e amigo do ex-presidente Michel Temer, Alexandre de Moraes, no andamento das investigações que miram o presidente e seus apoiadores no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ações nos inquéritos que miram Bolsonaro, como o das fake news, acusações contra as urnas e milícias digitais, são consideradas inevitáveis no curto e médio prazo. Entretanto, cada vez mais a leitura interna é que as condições institucionais ficam mais difíceis.
Leal conduzia o inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF e foi retirado do caso por Moraes após incluir atos de Maiurino na mira da investigação. Além disso, a presença de Aras reforçou a percepção entre os policiais de que o diretor-geral está mais preocupado com o apoio externo do que com o interno.
Além da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que divulgou nota em apoio a Leal, uma petição online foi criada em defesa do investigador e no início da noite da quinta (9) angariava cerca de 880 assinaturas de delegados, peritos, agentes e funcionários da PF.
Do Folhapress