Fome. Palavra abstrata, que em muitos brasileiros se concretiza na barriga vazia. É consequência da falta de comida – e a comida falta pois também falta dinheiro pra comprá-la. Essa dura realidade recebe o nome pomposo de “insegurança alimentar”. Um nome bonito que dói.
O MTST ocupou a Bolsa de Valores de São Paulo no dia 23 de setembro. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto foi ao local para gritar que a única ação que a gente tem na nossa carteira é a ação direta. A ação foi realizada em protesto contra a carestia e a fome provocadas pela política econômica aplicada por Paulo Guedes e Bolsonaro. O texto do Instagram do MTST fala que “os lucros recordes dos bancos, o aumento de grandes fortunas e o surgimento de 42 novos bilionários no mesmo país onde a insegurança alimentar atinge mais de 116 milhões de pessoas e a fome já é uma realidade para mais de 19 milhões de pessoas precisa acabar.”
Fome, carestia, desemprego, pobres mais pobres e ricos mais ricos são algumas faces do legado de mil dias de governo Bolsonaro. A realidade da insegurança alimentar (nome pomposo para a falta de dinheiro pra comprar comida ou, simplesmente, fome) se traduz de muitas maneiras.
Na nossa categoria, ela adquire formas desalentadoras. É aluno que não consegue prestar atenção à aula, com dificuldades de concentração, é aluno que vai pra escola só pra comer, é aluno que desmaia porque não se alimentou.
É por tudo isso que no próximo sábado, 2 de outubro, todos vamos às ruas por Fora Bolsonaro!