Os direitos humanos e a soberania nacional estão evidentes no recente conflito entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e todo o corpo de servidores e diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No dia 16 de dezembro, Bolsonaro declarou a perseguição aos servidores, técnicos e diretoria da Anvisa e anunciou ter pedido “extraoficialmente” os nomes dos responsáveis por causa da liberação da vacina Pfizer para crianças entre 5 e 11 anos. No dia seguinte, a Anvisa divulgou uma nota repudiando as ameaças “explícitas ou veladas” ao exercício de suas funções.
A agência também pediu proteção policial a seu corpo funcional, que teria sofrido ameaças de morte após as críticas de Bolsonaro à autorização dada pela Anvisa. A reação contra isso foi nacional.
A Frente Parlamentar Observatório da Pandemia — da qual fazem parte os senadores que integraram a CPI da Pandemia da Covid-19, como Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), entre outros — declarou que, “mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro, na falta de fundamentos científicos para responder à decisão da Anvisa, recorre às fake news, ao ódio e à incitação à violência, colocando em risco a vida e a integridade física dos servidores técnicos e qualificados da agência, em atitude abertamente fascista, como tem sido o costume em todo o seu governo e, em especial, durante o enfrentamento à pandemia”.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também foi criticado por senadores por ter apoiado, nessa segunda-feira (20), a intenção de Bolsonaro de divulgar os nomes dos técnicos da Anvisa. O ministro argumentou que isso deveria ser feito em nome da “publicidade dos atos da administração”.
A atitude de Bolsonaro resultou num ofício da direção da Anvisa em que pede proteção aos servidores e aos diretores da instituição e também a investigação dos autores das ameaças de morte enviadas aos seus funcionários, que aumentaram exponencialmente ao longo das últimas 24h. Além disso, foram feitos pedidos de proteção policial aos mesmos servidores. A ação de Bolsonaro, que é defendida também pelo ministro da Economia, o banqueiro e dono de empresas em paraísos fiscais, Paulo Guedes. Essa perseguição é mais uma ação contra o Brasil.
“Todo o projeto de Estado nacional erguido a partir da Revolução de 1930 vem sendo demolido, com método, com objetivo claro, destruindo as ferramentas fundamentais, que são as empresas estatais, a CLT, a previdência pública, ou seja, é uma desconstrução. Aliás, Bolsonaro disse que não veio para construir nada. Veio para destruir. Ele confessou isso. E está realizando esta tarefa e precisa ser impedido”, denuncia o jornalista Beto Almeida.
Mas o que é que esse conflito entre Bolsonaro e Anvisa tem que ver com a demolição da Nação brasileira erguida com a Revolução de 1930?
Para mostrar que a cena de Bolsonaro tem tudo que ver com a demolição das políticas sanitárias do Brasil, Beto Almeida convidou o ex-dr. Eduardo Costa, ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, para uma entrevisa no Tecendo o Amanhã, um programa da TV Comunitária do Rio de Janeiro. Confira:
O programa Tecendo o Amanhã, da TV Comunitária do Rio de Janeiro, é transmitido ao vivo. Trata-se de uma parceria entre os canais comunitários do Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e a rádio Manawa, a voz da resistência. A rádio Manawa pode ser sintonizada pela Internet em manawa.com.br. O Tecendo o Amanhã é apresentado pelos jornalistas Moysés Corrêa, da TVC Rio; Beto Almeida, diretor da Telesur e editor do programa Latitud Brasil, TVCom Brasília e Jornal Brasil Popular; César Fonseca, editor do site Independência Sul Americana; e Francisco Soriano, diretor da TV Com do Rio.
O nome do programa é uma homenagem ao grande poeta brasileiro pernambucano João Cabral de Melo Neto, que escreveu um poema cujo título é parecido com o nome do programa: “Tecendo a Manhã”. “Nesse poema ele diz que um galo sozinho não faz o canto ser escutado. É mais ou menos por aí a imagem de que, para nós, nos serve como uma alma para defender a favor da cultura, da vida, do Brasil, da soberania e de uma relação inteligente e harmoniosa com a natureza”, afirma o jornalista Beto Almeida sobre a homenagem. Confira o poema:
Tecendo a Manhã
1.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
2.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
Publicado no livro A educação pela pedra (1966).
In: MELO NETO, João Cabral de. Obra completa: volume único. Org. Marly de Oliveira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p.345. (Biblioteca luso-brasileira. Série brasileira. Reproduzido do site Escritas.Org: https://www.escritas.org/pt/t/11508/tecendo-a-manha
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