Entidade aniversaria projetando desafios para 2022: além da eleição majoritária, categoria enfrentará campanha salarial este ano
Foi em janeiro de 1933, ainda sob o impacto da quebra da Bolsa em 1929, que 185 trabalhadores do Banco Pelotense e do Banco da Província se juntaram em Assembleia Geral e criaram o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul. Naquele momento, a entidade nascia para assegurar direitos sociais e trabalhistas aos funcionários das duas instituições. O Banco Pelotense havia sido extinto e o da Província, reduzido atividades.
Após todo esse tempo, segundo o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, o objetivo primordial da entidade continua o mesmo: defender os trabalhadores e trabalhadoras. Os desafios da categoria, porém, se aprofundam na medida das transformações operacionalizadas politicamente, já que as mudanças nas relações de trabalho e em outras áreas que atingem toda a população, como a Economia, a Saúde, a Educação etc, têm impacto direto também na prestação dos serviços primordiais para o desenvolvimento de um país. “Além de mais uma campanha salarial ainda em meio à pandemia, nossa luta passa também pela conscientização sobre a importância de mudarmos radicalmente os rumos do Rio Grande e do Brasil nas eleições de outubro”, reflete o dirigente.
“Este ano, temos a oportunidade de escolher um caminho que queira eliminar desigualdades, que gere empregos, que defenda a vida, que aponte para um futuro melhor para o país e para o estado. Leite e Bolsonaro já provaram que apontam para o caminho contrário”, analisa.
Luciano é funcionário do Banrisul e se refere também à agenda privatista dos dois governantes. “Ambos representam uma agenda derrotada. Muitas das principais nações do mundo vêm reestatizando setores estratégicos durante a pandemia para superar a crise. E sabemos que os bancos públicos são fundamentais para financiar a reconstrução dos Estados. Dessa vez, não será diferente. Temos que defender a Caixa, o Banco do Brasil, o BRDE, o Badesul e o Banrisul”, assevera o presidente do SindBancários.
Campanha Salarial
Em 2020, com uma negociação 100% virtual, a mobilização dos bancários(as) garantiu um acordo bianual com aumento real de salários mesmo durante a pandemia. Este ano, os(as) bancários(as) têm como desafio reforçar o engajamento virtual (e presencial, se for possível) para proteger direitos e assegurar novas conquistas.
“Este ano precisamos permanecer muito unidos. As negociações são feitas pelos dirigentes sindicais, mas o sucesso só existe quando a pressão vem da base de trabalhadoras e trabalhadores da categoria”, complementa Luciano.
“Lá em 1933, 185 trabalhadores fundaram esse sindicato, hoje, somos 14 mil. Temos muita força porque a base confia no sindicato. Aos 89 anos, o SindBancários segue firme e forte caminhando ao lado dos bancários e bancárias”, ressalta.
Olhar o passado e projetar o futuro
A partir desta terça, as redes do SindBancários vão trazer depoimentos de ex-presidentes sobre os desafios que enfrentaram em suas gestões e conquistas que levaram o sindicato até aqui. Os dirigentes vão refletir sobre as disputas do sindicato e da categoria para este ano. Vamos ouvir também análises dos representantes de bancos sobre este ano de campanha salarial e eleição.
Acompanhe as redes do SindBancários!
Com informações da Imprensa SindBancários
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