Músicos, produtores culturais, esportistas e moradores do Guará, região administrativa de Brasília, estão mobilizados contra privatização do Complexo de Esporte e Lazer do Cave. O movimento cultural da cidade vem reunindo assinaturas em dois abaixo-assinados com o objetivo de sensibilizar o Governo do Distrito Federal (GDF) e evitar o repasse do complexo à iniciativa privada. Até o fechamento desta edição, nesta terça-feira (25), os documentos reuniam 2.768 assinaturas. Veja o link do abaixo-assinado no final da matéria.
Além das assinaturas, artistas da cidade fazem protestos animados com músicas, discursos e faixas. Essa mobilização cultural no Guará vem ocorrendo desde que o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TC-DF) autorizou, em dezembro passado, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) a preparar o edital de licitação para a definição do concessionário que pode vir a administrar o espaço numa Parceria Público-Privada (PPP) no prazo inicial de 30 ano, podendo ser prorrogado por mais 5.
Pela proposta prevista na PPP, deve ser privatizado o Clube Vizinhança, o ginásio, o teatro arena e as pistas de skate, bicicross e carte, que serão demolidas para serem construídas em outro lugar. “A gente desconfia de que vão reconstruir essas pistas, especialmente as de skate e bicicross. Achamos que isso é segundo plano, pois tudo que interessa a comunidade não é considerado por eles. Por isso achamos uma ameaça esse projeto”, critica o presidente do Conselho de Cultura do Guará, Rênio Quintas.
O projeto do novo complexo prevê a construção de um estádio de futebol, arena multiuso, piscinas, churrasqueiras, quadras poliesportivas, quadras de tênis, playground, lojas de esporte e vestuário, lanchonetes e academia.
Segundo Quintas, o complexo atual, que tem mais de 40 anos, é uma referência cultural e de lazer na cidade. Artistas consagrados já tocaram no teatro de arena. Já se apresentaram lá Renato Russo, Célia porto e orquestra filarmônica, entre vários festivais internacionais. No entanto, a área está sendo subvalorizada. Isso porque, segundo ele, terrenos no Parque Sul foram vendidos recentemente por R$ 400 milhões, enquanto que a área do complexo do Cave pode ir à concessão por apenas R$ 23 milhões.
“De acordo com o Orçamento do DF para 2022 estão previstos obras e investimentos de R$ 2,04 bilhões e previstos mais R$ 1.5 bilhão de sobra de caixa. Vai ter dinheiro de sobra este ano”, afirma. Quintas lembra que o GDF anunciou R$ 15 milhões para investimento no Taguaparque, R$ 22 milhões na recuperação da piscina de ondas do Parque da Cidade e R$ 300 milhões para a recuperação do Teatro Nacional. “Bastariam apenas R$ 23 milhões para recuperar todo o Cave, segundo está estabelecido no projeto da concessão”, questiona.
Confira e assine, a seguir, o abaixo-assinado contra a privatização do Cave. https://chng.it/89YYRG8Bqs
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