Sergio Moro não apenas foi um mau juiz e um mau ministro da Justiça. Ele também é um péssimo candidato à Presidência da República. Em palestra recente a empresários, o ex-juiz da Lava Jato resumiu seu projeto de governo: “se for possível privatizar tudo, que se privatize tudo”.
E não poupou ataques a Petrobrás, a joia da coroa do Estado brasileiro:
“A Petrobras teve papel importante para o país, mas é uma empresa atrasada, que ainda vive da exploração do petróleo, um combustível que o resto do mundo já não está mais usando. Hoje, estamos discutindo outras formas de energias limpas, mais ambientalmente corretas”.
A informação de que é o petróleo é um combustível que “o resto do mundo já não está usando” é mentira.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) respondem por mais de 80% de toda a energia consumida no mundo.
No caso do Brasil, temos a sorte de possuir uma infra-estrutura hídrica abundante, e um uso bem acima da média global de fontes renováveis, ainda assim, o petróleo é o combustível mais usado.
A matriz hidráulica, além disso, depende de chuvas, e como temos visto em crises recentes, há anos em que chove pouco e temos de apelar para termoelétricas movidas a… petróleo (na forma de gás natural ou diesel).
No caso dos transportes, o Brasil é um país no qual a circulação de pessoas e mercadorias se faz através de veículos movidos a gasolina, gás natural ou diesel (motos, carros, ônibus, caminhões, aviões).
Segundo a Agência de Informação Energética do governo americano, a EIA, o petróleo e o gás natural continuarão a ser os combustíveis mais usados pelo mundo até 2050, e sem tendência de diminuição a partir daí.
Energias renováveis vem crescendo de maneira muito rápida, mas o consumo global de energia, de maneira geral, vem subindo rapidamente.
O uso de carvão já começou a declinar dramaticamente, e deve cair ainda mais nas próximas décadas, e deve ser substituído sobretudo por gás natural, o que explicaria também o aumento vigoroso na demanda deste último.
O que se prevê é o aumento do uso de energia elétrica em veículos leves, mas até que isto se torne um fenômeno de massa, estima-se que levará algumas décadas. E mesmo assim, lembre-se que a energia elétrica não é uma fonte primária, ou seja, será ainda necessário petróleo (gás natural ou diesel) para se movimentar uma termoelétrica responsável pela produção da eletricidade que abastecerá o carro do futuro.
A frase de Moro é particularmente idiota para alguém que admira tanto os Estados Unidos. Se o mundo não está mais usando petróleo, e se este é um setor atrasado, por que os Estados Unidos exportou US$ 147 bilhões em petróleo e derivados diretos em 2019, e isso sem contar a imensa gama de produtos da cadeia petróleo, como plásticos e adubos?
Na tabela abaixo, identificamos os principais exportadores de petróleo, cru e refinado, do mundo, nos anos 2000 e 2019. O Brasil figura em décimo sétimo lugar, apesar de já ocupar, em vários ranking, o nono lugar em produção.
O responsável direto por essa posição ruim no ranking de exportação de petróleo é a baixa capacidade instalada de refino no Brasil, insuficiente até mesmo para abastecer o nosso mercado interno. As refinarias brasileiras vem atendendo cerca de 70% da demanda doméstica, e isso num período de baixíssimo crescimento econômico. Se o país voltar a crescer a taxas mais robustas, as necessidades de importação de derivados devem explodir. É uma armadilha já antiga, montada para impedir o nosso desenvolvimento.
Leia matéria completa no A Postagem https://www.apostagem.com.br/2022/02/02/tio-sam-nao-quer-mais-refinarias-no-brasil/?whats=343
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