O professor e físico Luiz Pinguelli Rosa morreu, nesta quinta-feira (3), no Rio de Janeiro aos 80 anos. Ele estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul. A causa da morte não foi informada. Seu corpo foi velado no átrio do Palácio Universitário, no campus da Praia Vermelha.
Pinguelli foi protagonista na defesa da soberania brasileira no campo da energia. Ele foi coordenador do Grupo de Diretrizes do Setor Elétrico do Primeiro Governo Lula. Depois que Maurício Tolmasquim, assumiu a presidência da Empresa de Pequisa Energética (EPE), não existiu mais Grupo de Diretrizes.
“Pinguelli propos a reestatizacao da AES [AES Corporation é uma Compania estadunidense especializada na produção e distribuição de energia elétrica] por causa da falta de pagamento e da falta de garantias, pois o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a vendeu e o BNDES financiou a venda para uma filial da verdadeira AES num paraíso fiscal, que apenas possuía como ativo um predinho de três andares. E por isso foi preterido para o Ministerio de Minas e Energia”, lembra Beto Almeida, jornalista e presidente do Jornal Brasil Popular.
José Maria Rangel, coordenador nacional do Coletivo Energia e Recursos minerais do PT e diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, também sentiu a morte do físico e disse ao Jornal Brasil Popular que foi com muito pesar que ele recebeu a notícia da morte do companheiro Luiz Pinguelli Rosa”.
“Professor de todos nós , sempre nos motivou a buscar o novo no sistema energético nacional, sem perder o olhar social e o caráter integrador de se garantir energia em todo o território brasileiro. Petrobrás e Eletrobrás tem muito que agradecer a sabedoria do professor Pinguelli, que inspirou as politicas de crescimento destas empresas, principalmente à partir de 2003. Luiz Pinguelli Rosa, presente!”, disse o sindicalista.
Roberto Leher, biólogo, pedagogo, professor e também, como foi Pinguelli, ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dedicou um texto inteiro na linha do tempo em seu Facebook para lamentar e homenageá-lo. “O Brasil e a ciência mundial perderam hoje uma liderança acadêmica e intelectual que contribuiu para tornar o Brasil uma nação inserida, por meio de suas universidades públicas, nos circuitos mundiais da ciência e da cultura comprometidos com o porvir dos povos”, escreveu. .
“Tive o privilégio de conviver com Pinguelli, no Grupo Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente e no Andes-SN. Ele foi o segundo presidente do Andes-SN. Uma perda enorme, especialmente neste momento que o Brasil enfrenta. Pinguelli, presente!”, comentou José Domingues de Godoi Filho, professor da UFMT/Faculdade de Geociências.
Em um breve levantamento do curriculum vitae do físico e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o G1 dá conta de que Pinguelli Rosa foi também presidente da Eletrobrás no primeiro governo Lula e dirigiu, por quatro mandados, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). Ele também participou da elaboração de projetos tecnológicos para a usina nuclear de Angra 1.
Foi na UFRJ que Pinguelli Rosa se graduou em física em 1967. Dois anos depois, tornou-se mestre em engenharia nuclear na Coppe. Em 1974, concluiu um doutorado em física na PUC-Rio. O professor foi membro do Conselho do Pugwash, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel, a qual ganhou o Nobel da Paz em 1995, e tinha participação no Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), instituição que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007. Orientador de dezenas de dissertações de mestrado e teses de doutorado, o professor recebeu diversos prêmios, entre eles o de personalidade do ano, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em nota divulgada em seu site, a UFRJ decretou luto de 3 dias
A UFRJ decretou luto oficial de três dias pela morte do professor.
“Foi com profundo pesar que a Reitoria teve ciência do falecimento do professor emérito Luiz Pinguelli Rosa. A Reitoria declarou luto oficial de três dias pela partida de Pinguelli”, disse, em nota.
“A Reitoria da UFRJ lamenta profundamente a partida de Pinguelli, defensor nato da universidade brasileira e da difusão da ciência e da tecnologia. Seu compromisso por uma universidade de qualidade que transpira pesquisa deixará uma lacuna entre nós e um aprendizado permanente. Transmitimos força aos familiares, amigos e à comunidade acadêmica neste momento de consternação.”
Do G1 com edição do Jornal Brasil Popular
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