O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, teceu críticas contundentes às sanções impostas pelos Estados Unidos, Europa e Austrália à Rússia devido à operação militar especial desencadeada na Ucrânia. O chanceler do governo de Jair Bolsonaro (PL) opinou nesta quarta-feira (6) em audiência da Comissão das Relações Exteriores do Senado.
Ele também revelou que alguns diplomatas de outros países fizeram lobby para que o Brasil adotasse as sanções — o país, no entanto, optou pela postura de neutralidade em relação ao conflito.
A operação especial da Rússia na Ucrânia teve início em 24 de fevereiro, com o objetivo de “desmilitarizar” e “desnazificar” o país.
“Não posso deixar de estranhar o fato da seletividade das sanções. Há comentários de embaixadores europeus, até mesmo aqui no Brasil, de que se o Brasil aderir logo às sanções, nós vamos ter o fim mais rápido do conflito. Mas a própria Alemanha sofre com a possibilidade de ter uma falta de energia e do combustível russo para suas indústrias, para o aquecimento de sua população e para a geração de energia. Penso que se até esses países têm dificuldade, que dirá um país como o Brasil, que depende dos fertilizantes para manter girando o motor muito pujante do agronegócio?”, questionou o ministro.
França ainda prognosticou que as restrições podem agravar os efeitos econômicos do conflito e impactar na cadeia de insumos essenciais.
O diplomata acrescentou que a principal preocupação do governo Bolsonaro no aspecto econômico diz respeito ao fornecimento contínuo de fertilizantes, já que a Rússia é uma das principais exportadoras desse tipo de insumo. Por enquanto, a cadeia de abastecimento do país ao Brasil está mantida.
“[Os fertilizantes] São indispensáveis para a agricultura e para a segurança alimentar do mundo”, declarou.
O ministro também ressaltou que as retaliações econômicas à Rússia favorecem apenas uma pequena fatia das nações.
O oficial do governo brasileiro também teceu críticas à Organização das Nações Unidas (ONU), que, em sua avaliação, falhou no papel de mediar a crise ucraniana desde os seus primórdios, sobretudo quando os acordos de Minsk foram firmados.
“O concerto de nações parece ter falhado nas Nações Unidas ao não resolver a crise da Ucrânia quando ela poderia ter sido resolvida — e eu me refiro a 2015, com a celebração dos acordos de Minsk. As Nações Unidas emitiram duas resoluções, e deveríamos ter insistido com as partes, tanto Rússia quanto Ucrânia, para que se sentassem à mesa e fizessem um plano concreto de implementação desses acordos. No entanto, no concerto de nações, parece que se entendeu que a celebração do acordo era suficiente. […] Deveríamos ter insistido no diálogo. O Conselho de Segurança da ONU não pode abdicar de seu papel de manutenção da paz e da segurança mundial”, concluiu.
“As sanções tendem a atender os interesses de um grupo pequeno de países, prejudicando a larga maioria, que depende de insumos básicos”, avaliou.
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