A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), foi ao Twitter rebater declarações dos generais das Forças Armadas que se manifestaram, abertamente, nesta segunda-feira (25), nas redes sociais, contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegando a pedir sua prisão e fizeram graves ameaças ao processo eleitoral brasileiro em curso.
Em um seminário promovido por uma universidade alemã, Barroso informou que, desde 1996, não há nenhum episódio de fraude eleitoral no Brasil e que as Forças Armadas estão orientadas a desacreditarem as eleições 2022. “Eleições totalmente limpas, seguras e auditáveis. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar? Gentilmente convidadas a participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo?”, disse o ministro do Supremo.
O general do Exército Paulo Chagas, do Podemos, foi às redes pedir, abertamente, a prisão de Barroso. Além dele, o general e ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, divulgou nota chamando Barroso de “irresponsável” e classificando de “ofensa grave” as declarações do ministro do Supremo, que acusou as Forças Armadas de estarem “sendo orientadas” para atacarem o sistema eleitoral.
O general Hamilton Mourão, que, atualmente, é vice-presidente da República, também declarou à mídia que “a fala do ministro Barroso foi indevida, pois as Forças Armadas não são uma criança para serem orientadas. Em todo esse processo, elas têm se mantido à parte, sem manifestações de seus comandantes ou de seus integrantes”.
Diante da situação, a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, foi também ao Twitter lembrar os militares que, em primeiro lugar, “não cabe ao ministro da Defesa opinar sobre o processo eleitoral. Não cabe aos comandantes militares tutelar o processo político, muito menos ameaçar as instituições, como fez Vilas-Boas para prender Lula em 2018 e repete agora o general Paulo Sérgio”. O PT também lançou nota com aviso às Forças Armadas.
1)Não cabe ao ministro da Defesa opinar sobre o processo eleitoral. Não cabe aos comandantes militares tutelar o processo político, muito menos ameaçar as instituições, como fez Vilas-Boas para prender Lula em 2018 e repete agora o general Paulo Sérgio
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) April 25, 2022
Em segundo, “garantir a realização de eleições livres e limpas passou a ser a prioridade no País, desde que Bolsonaro voltou a mostrar suas garras golpistas. Comandantes que se envolvem nessa aventura estão destruindo por dentro a hierarquia e a credibilidade das Forças Armadas”.
2)Garantir a realização de eleições livres e limpas passou a ser a prioridade no país, desde que Bolsonaro voltou a mostrar suas garras golpistas. Comandantes que se envolvem nessa aventura estão destruindo por dentro a hierarquia e a credibilidade das Forças Armadas
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) April 25, 2022
Visita de Victoria Nuland
A resposta violenta ao ministro Barroso se configura, para analistas políticos, como ameaças concretas ao processo eleitoral e à democracia brasileira. Eles também veem nessas declarações a influência da visita dos estadunidenses Victoria Nuland, subsecretária de Assuntos Políticos, e José Fernández, subsecretário de Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente, nesta segunda-feira (25), a Brasília. “Parece que essa visita estimulou o grupo de militares brasileiros defensor de golpes de Estado contra o Brasil e ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL)”, disse o advogado Pitágoras Homero da Silva.
Segundo ele, na opinião de analistas, “as ameaças ao processo eleitoral extrapolam uma mera resposta ao ministro Barroso e deixam evidente que há o intuito de se criar uma falsa instabilidade no País para intimidar eleitores que pretendem votar no presidente Lula, amedrontar candidatos de esquerda, centro-esquerda, centro-direita e até de direita que se uniram para retirar Jair Bolsonaro e acabar essa ideologia neofacista que está no poder desde o golpe de Estado de 2016 e aprofundou com o governo atual e criar um clima de golpe militar nas eleições de 2022”.
Confira .
SEJA UM AMIGO DO JORNAL BRASIL POPULAR
O Jornal Brasil Popular apresenta fatos e acontecimentos da conjuntura brasileira a partir de uma visão baseada nos princípios éticos humanitários, defende as conquistas populares, a democracia, a justiça social, a soberania, o Estado nacional desenvolvido, proprietário de suas riquezas e distribuição de renda a sua população. Busca divulgar a notícia verdadeira, que fortalece a consciência nacional em torno de um projeto de nação independente e soberana. Você pode nos ajudar aqui:
• Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta corrente: 41129-9
• BRB
Agência: 105
Conta corrente: 105-031566-6 e pelo
• PIX: 23.147.573.0001-48
Associação do Jornal Brasil Popular – CNPJ 23147573.0001-48
E pode seguir, curtir e compartilhar nossas redes aqui:
https://www.instagram.com/jornalbrasilpopular/
️ https://youtube.com/channel/UCc1mRmPhp-4zKKHEZlgrzMg
https://www.facebook.com/jbrasilpopular/
https://www.brasilpopular.com/
BRASIL POPULAR, um jornal que abraça grandes causas! Do tamanho do Brasil e do nosso povo!
Ajude a propagar as notícias certas => JORNAL BRASIL POPULAR
Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.