Dos “porões da ditadura”, ops! desculpem, foi um ato falho. Quis dizer, de entidades privadas de militares financiadas pelo governo Bolsonaro foi divulgado um “estudo” projetando como seria o Brasil com o poder bolsonarista se estendendo até 2035. Teve até a marchinha oficial da ditadura militar, “Brasil Ame-o ou Deixe-o”, como fundo musical.
Esse estudo estratégico militar deixa evidente que não é Bolsonaro quem instrumentaliza os militares, mas foram estes, ou melhor, esse grupo de militares estrelados e de extrema direita quem de fato instrumentalizou Bolsonaro.
Foi essa casta militar, liderada pelo general Villas Bôas e aqueles defensores do torturador coronel Brilhante Ustra, que apresentou o deputado Bolsonaro aos quartéis, que o fez candidato e que abriu caminho para a sua eleição quando pressionou o STF a não conceder HC a Lula para poder disputar as eleições, pois este as teria ganho, já que liderava com folga todas as pesquisas.
O tal projeto nacional estabelece várias metas estratégicas, algumas tenebrosas para o povo, como a do fim do SUS com a implantação do acesso pago à saúde e também a da universidade pública paga. Outras positivas, como a retomada da industrialização, da independência tecnológica, da elevação do IDH acima de 0,800, do fim da corrupção e da volta do protagonismo internacional do país.
Mas como não devemos avaliar uma pessoa ou um projeto pelo que diz de se próprio, e sim pela suas ações práticas, esse projeto se torna um oceano de contradições.
O projeto parte do governo Bolsonaro, que conta com a participação massiva dos militares e que, do ponto de vista concreto significa: uma política econômica de estagflação, de desemprego e trabalho precarizado. O abandono total da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico. A corrupção sistemática do governo com suas compras superfaturadas e sua sustentação parlamentar no Centrão, o agrupamento mais corrupto do Congresso. Constatamos ainda a volta da fome, da carestia e da redução do IDH e finalmente o isolamento total do Brasil no mundo.
Os únicos aspectos coerentes com o “projeto” foram exatamente as tentativas frustradas do desgoverno Bolsonaro de privatizar o SUS, com a cobrança do acesso à saúde, de estabelecer mensalidades nas universidades públicas e implantar a escola sem partido, um dos destaques do plano dos militares.
Segundo esse projeto de extrema-direita, em 2035 o Brasil seria um cópia do modelo liberal-americano, com um Estado social enxuto e economia toda apoiada na iniciativa privada em associação com universidades elitizadas.
Seria uma cópia tão perfeita dos EUA, que fez o vice general Mourão se inspirar no slogan imperialista norte-americano do autoproclamado “destino manifesto do país”.
Como diz o ditado: para esse sonho da casta militar dar certo só falta “combinar com os russos”, ou seja, com a maioria dos eleitores brasileiros que pretende votar em Lula presidente.
(*) Por Val Carvalho – escritor e militante de esquerda
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