Militares abandonam Amazônia ao abandonarem os índios; simplesmente, genocídio amazônico; não fossem as orientações e mobilizações dos indígenas no Vale do Javari que conhecem como a palma da mão, assim como toda a Amazônia, pois são povos originários de lá, não teria sido possível às autoridades, perdidas em suas presunções arrogantes, acharem os corpos do indigenista Bruno Pereira e do repórter inglês Dom Phillips, brutalmente assassinados por predadores criminosos da floresta amazônica.
CONTINENTE SEM COMANDO
Essencialmente, a segurança da Amazônia, em si, um continente, depende do conhecimento dos que lá vivem desde sua origem, atuando como a verdadeira fonte segurança nacional, que necessita, urgentemente, ser institucionalizada; quem conhece o território é o verdadeiro senhor dele; a terra amazônica é e sempre foram propriedade dos índios, simplesmente, porque detêm o conhecimento, capital, poder sobre coisas e pessoas; assim como o homem vale uma empresa e a empresa, em si, não vale o homem, o índio vale a floresta, mas a floresta não vale o índio; sem este, as autoridades ficam cegas e sem bússola para agirem eficazmente; os índios são a inteligência capaz de conduzir a racionalidade na relação entre o homem e a natureza; sem a inteligência natural indígena, a natureza, por si só, não tem valor absoluto como ser vivo instintivo; a relação entre o homem/índio e a natureza passa pelo índio/homem, já dizia Hegel.
PRESAS FÁCEIS DO CAPITAL PREDADOR
As autoridades militares somente se movimentam pela Amazônia pelo olhar e conhecimento dos indígenas; a propensão delas de negarem a demarcação de terras indígenas é renúncia ao conhecimento da própria Amazônia; sem os indígenas, para orientá-los na floresta, tornam-se presas fáceis dos capitalistas predadores que estão levando suas riquezas; os assaltantes do território amazônico, para transformá-lo em fonte de renda do agronegócio, dos exploradores de suas riquezas minerais, da sua biodiversidade infinita, têm sua ação predadora facilitada pelo governo Bolsonaro, dominado por partido militar, que não representa o índio, mas o capital predador; em vez de protegerem a Amazônia, como força institucional organizada, os militares fogem das suas funções de proteger o território nacional, para garantir um ditador maníaco, que usa a floresta mais importante do planeta para fazer dinheiro, sem correspondência com o interesse público.
MAIS UMA MANCHA NA HISTÓRIA
Essa foi a essência representativa da morte brutal que espanta o mundo, nessa semana; registrou-se, nitidamente, no episódio, que mancha a história do Brasil, desvio de função da instituição militar; justamente, nesse momento, as preocupações das Forças Armadas se voltam não para a preservação da população indígena, mas para do presidente da República, maníaco em encontrar, antecipadamente, fraude na urna eletrônica, na qual conclui que o voto para a sua reeleição será roubado pela oposição e não pelas suas políticas públicas inconsequentes, anti-interesse público.
UTILIDADE NEGADA
Os militares, na era bolsonarista, deixam de exercer a função de defesa da soberania nacional, expressa na preservação e integridade territorial, para, como partido político, preservar o poder do partido que ideologicamente criaram, com critérios e pressupostos antagônicos ao interesse público; deram lugar ao interesse meramente corporativo, que, agora, querem levar ao parlamento como valor representativo; o vice-presidente da República, responsável pela administração da Amazônia, preferiu, no instante do bárbaro crime, visitar o Rio Grande do Sul, para angariar votos a sua candidatura ao Senado; puro desvio de função; fugiu de sua responsabilidade à qual renunciou para submeter-se ao interesse internacional; as Forças Armadas, rendidas ao poder de Washington, que dá as cartas à corporação militar tupiniquim pela voz do comando sul americano, sediado na Flórida, deixam, diante do episódio brutal, na Amazônia, de ser, institucionalmente, ser útil; caíram na pregação de Keynes: “Tudo que é útil é verdadeiro; se deixa de ser útil, deixa de ser verdade.”
(*) Por César Fonseca, repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana
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