Na tarde desta segunda-feira (27), segundo apuração do Cimi, cerca de 2 mil pessoas acompanham o enterro de Vitor Guarani Kaiowá, indígena brutalmente assassinado pela Polícia Militar na sexta (24/6), no território Guapoy, em Amambai (MS): povos Guarani Kaiowá.
AGORA! Cerca de 2 mil pessoas acompanham, neste momento, o enterro de Vitor Guarani Kaiowá, indígena brutalmente assassinado pela polícia militar na última sexta (24), no território Guapoy, em Amambai (MS).
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— Cimi (@ciminacional) June 27, 2022
Nas redes sociais, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informou que “a marcha ocorre após DPU e MPF realizarem acordo com o fazendeiro que ocupa a área da retomada do povo. O acordo estabelecido é de que o enterro seja feito até 15m da cerca – uma forma de evitar violência policial e permitir que amigos e parentes de Vitor visitem o túmulo”.
Também postou a declaração de um dos representantes do Cimi: “Isso é uma questão importante para os povos Guarani Kaiowá. Eles fazem essa ligação: de onde tomba o guerreiro com a questão espiritual de estar plantado sobre a terra tradicional”. Esse representante, por segurança, teve sua identidade preservada.
Ainda segundo o Cimi, “após indígenas Guarani Kaiowá retomarem, novamente, parte do território de Guapoy, em Amambai (MS), policiais militares e fazendeiros invadiram a área, na manhã de sexta (24), no intuito de expulsá-los – mesmo sem ordem judicial. A retomada foi realizada na tarde do dia 23. Na ocasião, policiais militares dispararam tiros de borracha e de arma de fogo contra os indígenas, deixando ao menos nove feridos e um morto – Vitor Guarani Kaiowá, de 42 anos”.
No site do Brasil Popular, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cobra punição dos mandantes. Leia:
https://twitter.com/kanynarybr/status/1540493709481050112
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