Queridas amigas e amigos que acompanham a Comissão Justiça e Paz de Brasília, a coluna dessa semana é muito especial, pois, no próximo domingo, temos uma oportunidade singular, a da transformação da realidade, decidiremos o presente e o futuro, seremos lembrados para toda história.
Fomos escolhidos e escolhidas, dentre tantas e tantos outros, para vivermos esse momento, único, de crise e dificuldade, uma grande pandemia, sanitária e política, que nos congelou em um longo inverno de divisão política, de autoritarismo, violência, ódio, fome e miséria, perdas familiares e de profundas tristezas.
Querendo ou não, fomos arremessados nos anais da civilização para decidir,se, como Júlio César, atravessamos o Rio Rubicão, protagonizandoo futuro de nossos tempos, ou, por outro lado, se ficaremos passíveis ao processo e lamentaremos os males futuros.
Como sabem, nosso coletivo de trabalho tem se preocupado com o tema Encantar a Política, projeto capitaneado por diversos organismos, que perdurará no tempo,e, que, ao longo desse ano envolveu seminários, palestras, reuniões e debates, cursos de formaçãopor todo o Brasil.
A ideia sempre foi, e segue sendo, de convocar os cidadãos e cidadãsa retomar a ideia da política em sua dimensão fraterna-solidária, como um imperativo ético-civilizatórioe um compromisso histórico com as gerações vindouras.
Quando pensamos na políticaretomamos três concepções, a condutora, do Papa Pio XI, reforçada por Paulo VI e agora por Papa Francisco, da Política como forma sublime da caridade.
A segunda, é a aristotélica do zoonpolitikon, do ser humano como animal racional que fala, pensa e interage com a cidade (pólis). A terceira, a reflexão de Karl Liebknecht, da Política como arte do impossívelque reflete o potencial humano de construir, desconstruir e reconstruir mundos.
Em nossa percepção são sentidos complementares, pois quando atendemos a convocação dos Papas Pio XII, Paulo VI e Francisco, nos responsabilizamos pela dimensão solidária-fraterna da política, que, juntoàs encíclicas do Papa Francisco, Laudato si e Fratelli tutti entendemos que essa dimensão é o cuidado com a casa comum, com o bem comume o compromisso com os mais necessitados.
Dadimensão racional-política do humano e sua atividade cívica, entendemos que éelemento que constituio próprio humano, pois não nascemos fórmulas prontas, experimentamos e nos humanizamos, atender ao dever cívico nos conscientiza oportunizando o protagonismo de nossas vidas (tanto individual quanto coletivamente).
Dessa forma, participar da política, (cuidar da cidade), constitui e completa o ser humano, e, em razão de sua dimensão fraterna, solidária (coletiva), se tornaum imperativo ético, isto é, um compromisso histórico com a existência da própria humanidade.
Paz Social, o Bem Comum, a Casa Comum, o Fraterno, a Justiça Social, todas dimensões éticas cristãs exortadas pelo Papa Francisco que devem conduzir nosso agir cotidianamente.
A preocupação com a ética civilizatória tem sido sinalizada pelo Papa Francisco, suas exortações são um alerta para a humanidade e para nosso país.
A fome, a miserabilidade, o desemprego saltam os olhos, não é preciso elencar estatísticas, nos envergonha a condição deplorável que nossos irmãos estão nas ruas.
Cuidar da casa comum é um dever. A relação desmedida e predatória com a natureza trouxe um vírus que interrompeu nossos vínculos afetivos por um longo inverno. A gestão desalmada, descuidada e irresponsável levou a perda de 700 mil irmãos e irmãs.
Não há mais como tolerar a destruição da natureza em nome da ganância de poucos,a atitude desmedida de quem desrespeita os recursos naturaisnos emascarou, nos deixou sem ar, nos trancafiou.
Nossos biomas estão sendo destruídos, os povos originários, tradicionaise a população do campo vem sendo assassinados em nome do desmatamento e da grilagem.
O ódio tomou conta das ruas, temos medo de sofrer agressão por debater sobre as coisas públicas, de participar de atos cívicos, os símbolos e festejos nacionais foram surrupiados para fins partidários. Perseguições e assassinatos políticos tomaram nosso cotidiano.
A irresponsabilidade na gestão econômica, exclusivamente voltada para os mais ricos gerou desemprego, subemprego, miséria efome como poucas vezes se viu na história do país.
Não podemos mais viver dessa forma, a responsabilidade é de nossa geração e devemos ter compromisso com o futuro.
Encantar a política é um projeto contínuo que passa por decisões importantes em tempos difíceise o tempo atual exigeuma tomada de atitude.
Não há futuro sem plena democracia, não há plena democracia com ameaça às instituições e ao voto popular (e as urnas). Tampouco há democracia com violência no campo, com chacina nas favelas, com distribuição descontrolada e desmedida de armamento, com milhões de pessoas passando fome e sem emprego.
O ato democrático de comparecimento às urnas é um direito e também um dever, que para ser pleno ultrapassa o ato formal e finda como respeito ao imperativo ético-civilizatório e o compromisso histórico com as próximas gerações.Por isso, o voto deve ser consciente e compromissado.
Essa decisão, que deve fazer parte de uma reflexão individual, também é uma responsabilização coletiva, com todos e todas que perdemos, com todas e todos que virão.
Peço à todas e todos os amigos e amigas, que momentos antes de depositarem seu voto, reflitam sobre tudo que passou nesses quatro anos, depositem nas urnas as expectativas e sonhos para os próximos quatro anos, que espelhemsuas aspirações sobre o país que querem viver e o projeto de nação que desejam às próximas gerações.
Passado esse longo inverno, em meio as cores, flores e cheiros da Primavera, quando saímosàs ruas para aspirar novas alegrias, energias e projetos de vida, venho carinhosamente e com muita confiançaconvocar todas e todos, para comigo, nesse domingo,nos comprometermos politicamente com um mundo melhor, mais fraterno, feliz e solidário.É tempo de transformação!
Paz e Bem, Justiça Social, Alegria e Esperança porque de Mortes, Ódio, Tristeza e Ganância já basta.
Alea jacta est
(*) Por Eduardo Xavier Lemos, presidente da Comissão Justiça e Paz de Brasília
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