A Economia Solidária é um modelo e uma alternativa socioeconômico baseado na cooperação, na autogestão e na solidariedade. Nessa alternativa, as pessoas se unem para produzir, distribuir e consumir bens e serviços de forma colaborativa e democrática, visando à sustentabilidade econômica, social e ambiental e superação das desigualdades e a exclusão social geradas pelo modelo econômico dominante, promovendo a inclusão produtiva, o desenvolvimento local e a emancipação dos trabalhadores.
O Ativismo Digital, por sua vez, é uma prática social que utiliza as tecnologias digitais e a internet para mobilizar no ambiente virtual pessoas e promover entre diversas e difusas causas, as causas sociais, políticas e culturais. O Ativismo Digital permite a criação de redes de colaboração e engajamento, facilitando a comunicação e a articulação de movimentos sociais e coletivos em diferentes partes do mundo.
Na era do conhecimento e da digitalização, a Economia Solidária e o Ativismo Digital têm o potencial de estabelecer uma relação significativa e sinérgica, fortalecendo os valores de cooperação, solidariedade e autogestão. Por isso, a necessidade de abordar este assunto é urgente, tendo em vista a crescente importância do ambiente virtual em nossas vidas. As redes sociais são um dos principais locais onde passamos grande parte do nosso tempo online, mas infelizmente, muitas vezes elas se tornam um reflexo da exclusão social existente na sociedade. É importante lembrar que o ambiente virtual das redes sociais pode ser tanto um espaço de inclusão como de exclusão social
O ambiente virtual atualmente é um dos principais espaço para a disseminação de informações falsas, o que pode ter graves consequências para a sociedade em geral, com isso, verifica-se que as redes sociais vêm cada vez mais promovendo valores negativos que prejudica a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Em muitos casos, as redes sociais são utilizadas para disseminar discursos de ódio, intolerância e discriminação, bem como para a promoção do consumo excessivo e da exploração desenfreada do meio ambiente.
Por isso, o ativismo Digital em Economia Solidária pode ser considerado como um contraponto a esses valores negativos e um importante instrumento de resistência.Combinando as habilidades tecnológicas e sociais, é possível criar alternativas viáveis para estimular um modelo econômico mais justo, ecológico e sustentável, que seja centrado nas pessoas e nas comunidades.
Efetivamente,ao longo de décadas no Brasil, as práticas, experiências e iniciativas de Economia Solidária têm sido promotoras da colaboração, solidariedade e sustentabilidade entre as pessoas, seja através de associações ou cooperações. Essas práticas também têm sido fundamentais na defesa dos direitos humanos, na luta por inclusão social e na promoção de uma cultura de paz, ampliando as redes de troca de conhecimentos que facilitam a organização e a gestão das atividades econômicas solidárias sustentáveis e democráticas
Um exemplo concreto de Ativismo Digital na Economia Solidária é a iniciativa inovadora desenvolvida pelo Centro de Estudos Ambientais (CEA), chamada de TROCASOL – Integradora de Serviços Solidários.
Esta iniciativa articula, em colaboração,três plataformas setoriais. A plataforma TROCASOL-MARKETPLACE é a primeira iniciativa de economia solidária no comércio eletrônico, conectando produtores e consumidores em uma rede colaborativa, oferecendo mais de 200 produtos através de lojas solidárias. Essa iniciativa incentiva a produção local, a redução dos impactos ambientais e a geração de trabalho e renda para as pessoas envolvidas no processo
A plataforma EDUCAECOSOL é focada na distribuição de conteúdo educacionais relacionados às práticas e valores da Economia Solidária, incluindo histórias e informações relevantes para os associados dos grupos de Economia Solidária e seus familiares. Ela oferece mais de 300 cursos dentro de um ambiente virtual de aprendizagem, buscando ampliar o acesso a conhecimentos relevantes e de qualidade para as pessoas envolvidas com a Economia Solidária. Essa iniciativa reconhecida como relevante, pois contribui para a formação e capacitação de pessoas envolvidas em atividades econômicas solidárias, fornecendo recursos para que elas possam melhorar suas práticas e aumentar sua eficiência em suas atividades. Além disso, a plataforma EDUCAECOSOL ajuda a disseminar os valores da Economia Solidária, promovendo a colaboração, a solidariedade e a autogestão entre as pessoas envolvidas nessa área
Por fim, temos a terceira plataforma de Economia Solidária, voltada para a área de comunicação: a TV ECOSOL, um canal no Youtube que oferece notícias, informações e conhecimentos sobre o movimento da Economia Solidária. Essa iniciativa é importante porque ajuda a divulgar e promover a Economia Solidária, ampliando sua visibilidade e dando voz às pessoas envolvidas nessa área.
Por meio da TV ECOSOL, é possível ter acesso a entrevistas, reportagens e documentários sobre experiências de Economia Solidária em diferentes regiões do país, contribuindo para a disseminação dos valores e práticas dessa iniciativa. Além disso, a plataforma também oferece informações relevantes sobre eventos, cursos e outras atividades relacionadas à Economia Solidária, ajudando a conectar as pessoas envolvidas nesse movimento. Portanto, a TV ECOSOL éuma iniciativa relevante para o fortalecimento e a promoção da Economia Solidária no Brasil, permitindo que mais pessoas conheçam e se envolvam nessas iniciativas transformadoras.
Com essa iniciativa, o CEA demonstra que é possível utilizar o Ativismo Digital como ferramenta para promover a Economia Solidária, fortalecendo a autogestão, a transparência e a equidade nas relações comerciais, sociais e comunicacionais. A TROCASOL – Integradora de Serviços Solidáriosé um exemplo de como a tecnologia pode ser utilizada para criar redes de cooperação solidária, promovendo valores positivos para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa
Por tudo isso, a Economia Solidária e o Ativismo Digital representam um caminho para a construção de uma economia mais justa, solidária e sustentável, baseada na cooperação e na autogestão. Por meio dessas práticas, é possível promover a inclusão social, a geração de trabalho e renda, a valorização da produção local e o cuidado com o meio ambiente, destacando como ferramentas para a construção de uma sociedade mais participativa e democrática.
Por meio da autogestão e da colaboração, os trabalhadores se tornam protagonistas do processo produtivo e têm voz ativa nas decisões relacionadas às suas atividades. Já o Ativismo Digital permite que as pessoas se mobilizem e participem ativamente de causas sociais, independentemente de sua localização geográfica ou de sua condição social
Contudo, é importante ressaltar que a Economia Solidária e o Ativismo Digital não são uma panaceia para os problemas econômicos, sociais e ambientais do mundo contemporâneo. No entanto, essas práticas oferecem alternativas viáveis e sustentáveis. Além disso, a sua articulação pode contribuir para a superação dos desafios impostos pela globalização e pelas novas tecnologias, permitindo que as pessoas se adaptem e se beneficiem das transformações em curso. Combinando a expertise tecnológica com o compromisso social, é possível construir um futuro mais justo e igualitário para todos.
(*) Por Haroldo Mendonça, diretor-presidente do Centro de Estudo e Assessoria (CEA).
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