Na manhã desta segunda-feira (27), manifestantes participaram de um ato público promovido pela Secretaria de Direitos Humanos do PT-DF na Ponte Honestino em que lançaram luz sobre a memória dos brasileiros que lutaram contra a ditadura, a violência, a tortura, as desigualdades e em defesa da democracia, da liberdade e da soberania nacional.
Informações do site do PT-DF dão conta de que a escolha do local não foi aleatória. “Honestino Guimarães foi líder estudantil e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), e, por sua luta, foi preso pela ditadura militar e assassinado, em outubro de 1973, aos 26 anos. Isso ocorreu na entrada da Ponte, que, antes, levava o nome de Arthur da Costa e Silva, o general do Exército que colocou o Brasil no período mais brutal da ditadura”, relembra o Partido dos Trabalhadores.
A manifestação acontece a 4 dias de a memória desse período obscuro da História do País completar 59 anos. Todos os registros históricos desse momento indicam que o Brasil viveu, entre 31 de março de 1964 e 15 de março de 1985, uma das ditaduras militares mais sangrantas da história da América no século 20.
É por isso que, nesta semana, o governo federal iniciou várias atividades que buscam denunciar e reviver todas as dores e tragédias criadas pelo golpe civil-militar-empresarial e seu regime de exceção. Segundo análise de vários historiadores, o golpe de Estado de 1964 foi elaborado e executado minuciosamente por um complô contra o Brasil, formado por militares das Forças Armadas, CIA estadunidense, governo dos EUA, empresários brasileiros e estrangeiros e setores neopentecostais de várias igrejas.
O objetivo era destroçar a soberania nacional e os direitos civis da população por meio de um regime autoritário e fascista para se apropriarem das riquezas nacionais e submeter a população a um território sem identidade, sem autonomia, sem nenhuma condição de ser um País. A ideia era transformar o Brasil numa mera colônia de países ricos, sobretudo, dos EUA.
Ponte Honestino Guimarães: o nome da resistência
Para os manifestantes, o ato público na ponte faz parte da luta da população brasileira pela reparação integral dos danos e traumas a quem foi perseguido, torturado e é sobrevivente do terrorismo de Estado implantado pela ditadura militar ou da família de quem foi assassinado pelo regime de chumbo.
Uma das lutas por essa reparação foi a troca do nome da ponte situada no Lago Paranoá, ligando a Avenida das Nações num dos trechos que dá acesso à avenida L2 Sul, para o Honestino Guimarães. Antes, ela levava o nome do mandante do assassinato do líder estudantil. “A ponte leva o nome de Honestino, mantendo vida a sua história e a sua luta”, informa a nota do site do PT-DF.
Com a terceira eleição de Lula, a sociedade brasileira iniciou a retomada do caminho de reconstrução da memória e verdade das lutas do nosso povo contra os regimes políticos arbitrários. “Para isso, vem resgatando os instrumentos institucionais para retornar à tarefa de reconstruir e efetivar a Justiça de Transição. Um processo capaz de encerrar o luto e nos conduzir o Brasil à condição das nações que não se calam diante da barbárie dos assassinatos e dos desaparecimentos forçados”, afirma o partido.
Na nota, o PT-DF afirma que Brasília se transforma de cenário de golpe de Estado para cenário de resistência. “A capital do Brasil, um dos cenários principais do golpe de Estado de 1º de abril de 1964, viu interrompido, 4 anos depois de sua fundação, aquele impulso generoso que marcou os anos JK (Juscelino Kubitschek), para estabelecer, no seu lugar, por mais de duas décadas, o reinado do terror de Estado, da delação, da tortura, da perseguição política e das centenas de mortes”.
Os petistas também ressalta o protagonismo da Universidade de Brasília (UnB) na luta pela democracia. Local em que Honestino Guimarães estudava e desempenhava seu papel de líder estudantil, “a UnB é símbolo do pensamento universalista, que alimentou a construção da cidade foi invadida pelas forças policiais do Distrito Federal, no momento do golpe, no próprio dia 1º de abril de 1964, e, 4 anos depois, com a imposição do AI-5, em 13 de dezembro de 1968”, lembra o partido.
E finaliza afirmando que “a História não se detém. Aqui estamos nós, sobreviventes e herdeiros das lutas de resistência contra as tiranias passadas (1964-1988) e recentes (2016-2023) para afirmar a profunda vocação do nosso povo para a democracia e a liberdade. Para que a gente não se esqueça. Para que nunca mais aconteça!”
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