Mobilização em prol de uma mulher negra no Supremo Tribunal Federal ganha força em meio a debates sobre diversidade
Na tarde desta quarta-feira (27/9), mulheres negras se reuniram em frente ao Ministério da Saúde e marcharam até o Supremo Tribunal Federal (STF) para uma manifestação em prol da nomeação de uma mulher negra como jurista na mais alta Corte do Brasil. O ato ocorreu em meio a debates sobre a representatividade no judiciário e o enfrentamento ao racismo estrutural.
A escolha da pessoa que substituirá a ministra Rosa Weber, no STF, tem sido objeto de discussão. O presidente Lula declarou que não está com pressa para fazer a nomeação e enfatizou que a decisão não será baseada em gênero ou raça. No entanto, a mobilização buscou desafiar essa posição e avançar pela busca da justiça social.
O Movimento Mulheres Negras Decidem, como parte de sua campanha em defesa das juristas negras indicadas, apresentou um estudo intitulado “Mulheres Negras pela Transformação do Poder Judiciário”. O estudo resgata a memória e a atuação jurídica de mulheres negras no país, destacando a falta de diversidade no judiciário.
A predominância de homens brancos no STF foi destacada pelo estudo, com 83,8% dos magistrados sendo brancos, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa realidade reforça a necessidade de diversificar o judiciário brasileiro.
A gerente de Advocacy do Instituto de Referência Negra Peregum, Samay Gomes, 25 anos, enfatizou a importância da representação negra em todos os setores e a luta pela justiça histórica que o Brasil deve à população negra. “Nós acreditamos que são necessários espaços de participação de pessoas negras em todos os setores dos poderes e em todas as esferas do nosso país. Defender uma ministra negra no STF é lutar também pela justiça histórica que o Brasil nos deve”, declarou.
A advogada Monique Damas, 38, destacou a importância de trazer visibilidade para as mulheres negras. “É necessário que tenha diversidade no STF para que a população inteira consiga ser contemplada num julgamento Federal”, disse.
A também advogada Stella Santos, 24, ressaltou as desigualdades que as mulheres negras enfrentam em todas as instituições de Justiça. “A falta de educação pública, saneamento básico, saúde e mobilidade urbana. Essas mulheres negras estão conseguindo ir pra escola estudar? São as mesmas oportunidades de um homem branco? Isso é um problema estrutural”, apontou.
As manifestantes enfatizaram a necessidade de políticas de cotas efetivas para diversificar o sistema de Justiça, além de solicitarem ao presidente Lula o compromisso com sua promessa de diversidade no STF, entendendo que ter uma mulher negra na corte é um passo importante para enfrentar o racismo estrutural no Brasil.
*Vitória Torres, estagiária sob a supervisão de Thays Martins
SEJA UM AMIGO DO JORNAL BRASIL POPULAR
O Jornal Brasil Popular apresenta fatos e acontecimentos da conjuntura brasileira a partir de uma visão baseada nos princípios éticos humanitários, defende as conquistas populares, a democracia, a justiça social, a soberania, o Estado nacional desenvolvido, proprietário de suas riquezas e distribuição de renda a sua população. Busca divulgar a notícia verdadeira, que fortalece a consciência nacional em torno de um projeto de nação independente e soberana. Você pode nos ajudar aqui:
• Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta corrente: 41129-9
• BRB
Agência: 105
Conta corrente: 105-031566-6 e pelo
• PIX: 23.147.573.0001-48
Associação do Jornal Brasil Popular – CNPJ 23147573.0001-48
E pode seguir, curtir e compartilhar nossas redes aqui:
https://www.instagram.com/jornalbrasilpopular/
️ https://youtube.com/channel/UCc1mRmPhp-4zKKHEZlgrzMg
https://www.facebook.com/jbrasilpopular/
https://www.brasilpopular.com/
BRASIL POPULAR, um jornal que abraça grandes causas! Do tamanho do Brasil e do nosso povo!
Ajude a propagar as notícias certas => JORNAL BRASIL POPULAR
Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.