Após as tropas, vêm os empreiteiros e companhias atrás do butim; Síria acusa EUA de roubo e contrabando
O governo sírio acusa os EUA de intensificaram as suas operações para “roubar a riqueza nacional síria”, especialmente petróleo e grãos. A agência de notícias estatal Sana diz que os produtos são contrabandeados para fora da Síria através de travessias ilegais.
São centenas de caminhões-tanque e navios-tanque carregados com petróleo e grãos apreendidos pela milícia das Forças Democráticas Sírias liderada pelos curdos, apoiada pelos EUA.
Farhan Jamil Abdullah, chefe da estatal Syria Oil Company, disse em julho do ano passado que as sanções dos EUA e a presença militar na Síria reduziram a produção de petróleo da sua empresa de 385 mil barris por dia para 15 mil barris, e a produção de gás, de 30 milhões de metros cúbicos por dia para 10 milhões de metros cúbicos.
O governo perdeu o controle da maioria dos campos devido à presença dos EUA em áreas ricas em petróleo no norte e no leste da Síria. O governo estimava perdas econômicas de cerca de US$ 100 bilhões apenas no setor energético.
Não é uma exceção na intervenção dos Estados Unidos nos países. À parte a questão geopolítica, as guerras geram negócios, nem sempre legais, que atraem as empresas.
Ainda no final de 2022, antes de completar um ano da guerra na Ucrânia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discutiu a reconstrução pós-conflito de seu país com Larry Fink, diretor executivo da BlackRock, uma das principais administradoras de investimentos do mundo, que preparou um projeto para assessorar o governo ucraniano sobre como estruturar os fundos de reconstrução da Ucrânia. Desinteressadamente, claro.
(*)Por Marcos de Oliveira