O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, defendeu a cessação do genocídio contra a Palestina, através do cumprimento das resoluções do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, apesar do fracasso do Governo dos Estados Unidos da América em cumprir com este instrumento. promotor da indústria bélica no mundo, segundo o presidente.
“A [iniciativa] mais urgente para pôr fim ao genocídio contra o povo palestiniano, onde até o Tribunal Internacional de Justiça decidiu de forma muito clara; [mas] os ianques, logicamente, não respeitam nenhum tribunal, tudo o que fazem é aplicar a força e pela força impor suas decisões, mas esse caminho leva ao inferno, eles deveriam entender isso”, disse o presidente centro-americano.
Durante a celebração do 45º aniversário do triunfo da Revolução Popular Sandinista, realizada na praça La Fe, em Manágua, em 19 de julho, Ortega apelou a Washington e aos seus aliados da NATO para que respeitem a paz das nações que defendem a sua soberania e recordou a Convenção de 1986. Resolução de Haia, que ordenou aos Estados Unidos que suspendessem o financiamento da guerra contra a Nicarágua e compensassem este país latino-americano pelos danos causados.
“A propósito, [a CIJ] tem uma decisão a favor da Nicarágua e contra a agressão ianque dos anos 80, onde ordena aos Estados Unidos que suspendam os crimes que estavam cometendo e ordena que compensem a Nicarágua em 18 bilhões de dólares”, Ortega lembrado.
Neste contexto, o chefe de Estado lembrou que após o triunfo revolucionário de 1979, a Rússia e outras nações da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foram “potências” que estenderam “a mão” à Nicarágua, enquanto os EUA iniciou o boicote e a criminalização das tarefas de reconstrução deste país.
“A União Soviética, logicamente chefiada pela Rússia, sendo uma potência, não veio se estabelecer aqui para tomar as riquezas da Nicarágua, mas sim veio aqui para apertar a mão do povo nicaragüense e essa é a grande diferença entre o colonialismo e o neocolonialista. potências, digamos “Os Estados Unidos, digamos a Europa, não deixaram de ser criminosos”, disse ele.
Ortega afirmou que os aliados ocidentais representam uma ameaça para o mundo porque estão a instalar novamente o “fascismo” através de golpes de Estado como o promovido na Ucrânia, cuja guerra é “alimentada” pela indústria norte-americana.
“O fascismo está a ser estabelecido na Ucrânia e a partir da Europa, os governos europeus, a maioria deles, estão a fortalecer o fascismo e a alimentar uma guerra que visa tentar alcançar o que Napoleão [Bonaparte] não conseguiu, o que ele não conseguiu.” Adolf] Hitler (…) que coloca em risco a estabilidade do mundo”, afirmou.
Suporte russo
As celebrações da Revolução Sandinista na Nicarágua contaram com a presença de convidados de uma centena de países amigos do país centro-americano.
O chefe da Duma Estatal da Federação Russa, Vyacheslav Volodin, falou no evento oficial para entregar a mensagem de felicitações do presidente Vladimir Putin.
“Nosso país sempre apoiou a Nicarágua, continuamos a fazê-lo agora, juntos continuamos a lutar por um mundo multipolar, pela possibilidade de ter o nosso próprio futuro, estamos fazendo todo o possível para tornar este mundo justo. “Juntos venceremos!”, disse Volodin.
Por Marcela Rivera
Retirado do Sputnik / Foto da capa: AP.
Fonte: Cuba en Resumen – Latinoamericano Y Del Tercer Mundo
Acesse: https://cubaenresumen.org/2024/07/20/ortega-los-yanquis-no-respetan-corte-alguna-pero-ese-camino-lleva-al-infierno/