No marco do vigésimo aniversário da criação da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio Popular (ALBA-TCP), realiza-se em Caracas a reunião do Conselho de Movimentos Sociais deste mecanismo integracionista, espaço em quais estão sendo debatidas ações para ampliar a solidariedade com os povos da Venezuela, Cuba e Haiti.
Em declarações à teleSUR multiestatal , um membro do Coordenador Político dos Movimentos da ALBA, Manuel Bertoldi, afirmou que participa do encontro um grupo de movimentos populares da América Latina e Caribe, África e Ásia.
Queremos acordar uma agenda de trabalho para os próximos anos, que nos fortaleça diante dos desafios que teremos.
Esta é uma tarefa urgente, disse Bertoldi, “porque o imperialismo dos Estados Unidos está a reforçar a sua estratégia de dominação do nosso continente”, o que exige que “construamos uma estratégia para nos fortalecermos na perspectiva da soberania, da independência económica e da justiça social”. nossa região que é ideológica e conceitual.
Acrescentou que os movimentos sociais desenvolveram “propostas para formar brigadas permanentes de trabalho em alfabetização, produção agroecológica, reflorestamento… Acreditamos que junto com os Governos podemos fazer um trabalho muito forte nas diferentes regiões do continente para fortalecer esse trabalho”. .
Considerou que é necessário “fazer grandes progressos na formação política, por isso chegamos com propostas para fortalecer os processos educativos e a formação das escolas nas diferentes regiões do nosso continente e em questões de solidariedade”.
Além disso, desenharam uma agenda para “colaborar com a resistência que o povo cubano realiza (…), para construir uma solidariedade ativa e permanente com o povo haitiano e continuar defendendo a Revolução Bolivariana”.
Afirmou que a pátria de Bolívar e Chávez é “a principal trincheira de confronto contra o imperialismo, por isso também estamos trabalhando arduamente para a posse do presidente Nicolás Maduro em 10 de janeiro”.
Outra prioridade – disse Bertoldi – é contrariar a narrativa que se constrói desde julho passado de que a democracia está desgastada na Venezuela, quando sabemos que a democracia popular participativa do povo se aprofundou, afirmou.
Quanto ao trabalho dos movimentos populares no contexto da ALBA-TCP, afirmou que “estamos materializando um sonho do Comandante Hugo Chávez há 20 anos (…) de construir um mecanismo de integração onde os movimentos populares, os movimentos sociais, tenham uma liderança papel na construção da estratégia de integração a nível continental.
Expressou que “Chávez sempre nos disse que o protagonismo do povo é fundamental para pensar a integração e a emancipação continental”.
Sobre as diversas ameaças que advêm do imperialismo, como a expansão do belicismo e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), afirmou que “é essencial fortalecer o mecanismo de integração. Na região temos a ALBA-TCP como mecanismo antiimperialista”, que considerou ter a maior perspectiva estratégica.
“A partir daí também temos que fortalecer outro mecanismo de integração, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que reúne todos os países do continente, exceto os EUA e o Canadá”, disse ele.
Lembrou que uma ideia chave dos comandantes Hugo Chávez e Fidel Castro era desenvolver o potencial do povo e a complementaridade.
Delegados de cerca de 30 países de quase todos os continentes participam do encontro de movimentos sociais. Posteriormente, será realizado o XXV Conselho Político com os Chanceleres das dez nações que compõem a ALBA-TCP, enquanto neste sábado acontecerá a XXIV Cúpula de Chefes de Estado e de Governo.