A rodovia está cheia de grãos ao sabor dos solavancos do caminhão carregado de soja rumo ao Porto de Rio Grande.
É de um o que minha visão alcança.
Quantos mais vão deixando grãos no asfalto?
É um prejuízo, sem dúvida.
Não deve ser tanto para não ter outro tratamento.
Vou até a Ceasa, e o que vejo de frutas, verduras e legumes estragados que me dá nos nervos.
Sei que há um programa de doações para instituições. Algo que louvo.
Produtos que passam do ponto nas plantações pode até ser entendido o problema por falta de estrutura dos pequenos produtores.
Mas quais as orientações técnicas dos órgãos públicos, tipo Emater? Estou procurando….
Se na Ceasa há este programa de doações do que se pode aproveitar, por que não se acha um destino adequado para o que vai para o lixao?
O que dói na alma da gente é o desperdício nas mesas dos brasileiros que tem o que consumir.
E o que dizer de restaurantes?
Quanto tempo vsmos convier com a fome das ruas e das periferias com o desperdício em casa?
Este tema nunca frequenta um programa governamental.
Há algo errado no país e com as pessoas.
Há algo muito mal acontecendo enquanto a fome persiste.
Algumas coisas teremos que fazer e é agora!
(*) Por Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.
*As opiniões dos autores de artigos não refletem, necessariamente, o pensamento do Jornal Brasil Popular, sendo de total responsabilidade do próprio autor as informações, os juízos de valor e os conceitos descritos no texto.