A cada dia poder-se-ia escrever ou falar de desperdício praticado pelos seres humanos.
Já vimos como cascas, folhas de legumes jogadas ao lixo poderiam ser forte fonte de garantia de maior segurança alimentar. Tão simples. Tão banal. Mas continuamos a praticar estupidez.
Vimos as toneladas de grãos perdidas da colheita ao destino. Tudo parece tão normal.
E o que dizer do desperdício que começa na produção? Vamos pegar a indústria de fármacos.
Para quem é feita a receita quilométrica? Papel é feito de madeira, com muito produto químico…. Certo?
Por que colocar um tubo de pomada numa caixinha? Para não sujar? Para não contaminar? Para não infringir um processo de deterioração o tubo?
Não sei! Você sabe? Gostaria de saber!
A pasta dental do mercado vem no tubo e este vem numa caixinha, a esta às vezes, juntam-se mais duas, numa promoção e vem um plástico que as cobre. E tudo isso se coloca num saco plástico para levar.
Por que as garrafas de vidro não são mais retornáveis?
Por que os presentes sempre tem que vir num invólucro caro? O que importa é o conteúdo ou a forma?
E agora vamos à política nacional de resíduos sólidos. A lei existe. Faz mais de uma década do prazo fatal para não haver mãos lixões.
Até a Rede Globo, preparando a nossa COP, começa uma série de matérias, por sinal a primeira feita por um bom jornalista e com bom conteúdo. Seria bom nas novelas ter alguma ação de boa governança ambiental.
Aonde vamos parrar com o desperdício? A falta de uma política de reciclagem é uma forma cruel de desperdício. Somente 8% estaria sendo reciclado no país.
Mas o pior é que o desperdício deste material vai poluir mais e mais a Natureza.
E, neste verão, não vamos falar do desperdício de água? Vamos!
E tem mais….
(*) Por Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.
*As opiniões dos autores de artigos não refletem, necessariamente, o pensamento do Jornal Brasil Popular, sendo de total responsabilidade do próprio autor as informações, os juízos de valor e os conceitos descritos no texto.