No mesmo dia da posse em Caracas, Casa Branca ofereceu R$ 150 milhões pela prisão ou condenação do mandatário
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, anunciou nesta sexta-feira (10/01) uma recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 150 milhões) pela prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
A decisão da Casa Branca foi comunicada no mesmo dia que o líder venezuelano tomou posse para um novo mandato de seis anos à frente do governo, após ter sido declarado vencedor das eleições de 28 de julho de 2024, com 51,2% dos votos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral do país.
Os EUA também oferecerão recompensas em dinheiro por informações que levem à prisão ou condenação dos ministros do Interior e da Defesa de Caracas, Diosdado Cabello e Vladimir Padrino, respectivamente.
Washington ainda impôs novas sanções a oito altos funcionários venezuelanos por “liderar importantes agências econômicas e de segurança, permitindo a repressão e a subversão da democracia na Venezuela por Maduro”.
Posse de Maduro
Apesar das ameaças externas e da oposição de extrema direita, representada por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, Maduro assumiu seu terceiro mandato, para um governo que deve ir até 2031.
A cerimônia foi realizada na Assembleia Nacional, em Caracas, capital do país latino-americano. Maduro foi juramentado como presidente da Venezuela sobre uma cópia da Constituição Bolivariana assinada pelo líder revolucionário Comandante Hugo Chávez.
Após as formalidades, iniciou seu discurso aos representantes do Executivo, Judiciário e Legislativo do país, além das delegações estrangeiras, destacando a presença de mais de 125 países e organizações internacionais na cerimônia. Da mesma forma, apontou a participação de mais de dois mil delegados do Grande Festival Mundial Antifascista.
Maduro afirmou que a Venezuela está “em paz”, que o governo respeita a Constituição, em uma crítica à oposição de extrema direita, que não acatou os resultados da eleição de julho e buscou interferir na posse do chavista.
“Contra todos os imperialismos”, comemorou. “Se algo caracteriza a história de 500 anos do povo desta terra chamada Venezuela, é a história da resistência heroica e maravilhosa contra todas as formas de dominação, contra todas as formas de colonialismo, contra todos os imperialismos”, observou Maduro.