Em cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça-feira, 14 de janeiro, presidente Lula assina a posse do novo chefe da pasta
Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira, 14 de janeiro, a posse de Sidônio Palmeira, o novo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), em cerimônia no Palácio do Planalto.
“Como profissional de marketing, trago também uma outra visão da publicidade, como prestadora de serviços, que informa e contribui para melhorar a vida das pessoas. As mães e os pais precisam saber que chegou vacina no posto. O garoto que está na escola precisa saber que existe o Pé-de-Meia. A jovem precisa saber que o governo fornece absorvente para proteger a dignidade dela”
Sidônio Palmeira
Ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República
Palmeira é publicitário, já atuou como presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e foi presidente do Sindicato das Agências de Propaganda da Bahia, além de ter liderado o trabalho de campanha de 2022, que elegeu Lula para seu terceiro mandato.
Em seu discurso, Palmeira disse que assume o novo desafio motivado por “sentimento de justiça” e para seguir apresentando as ações e projetos de um governo que, como ele reforçou, em dois anos “arrumou a casa, melhorou os indicadores econômicos de justiça social e de combate à pobreza. Fez renascer ministérios e programas sociais importantes, reduziu a mortalidade infantil e está retirando milhões de brasileiros e brasileiras do mapa da fome. O nosso país voltou a ser respeitado pelo mundo”.
O novo ministro da Secom lamentou, porém, que todos esses avanços nem sempre são percebidos por uma parcela da população, o que exige estratégias de comunicação cada vez mais alinhadas com as demandas da sociedade e que compreendam a complexidade do atual cenário, que inclui as mentiras nos ambientes digitais. “Esse movimento aprofunda o negacionismo, a xenofobia e as violências raciais e de gênero. Promove um revisionismo histórico sob regência do charlatanismo político, que promete prosperidade imediata e pavimenta a cultura do ódio, do cancelamento e do individualismo”, afirmou.
“A informação dos serviços não chega à ponta. A população não consegue ver o governo em suas virtudes. Como profissional de marketing, trago também uma outra visão da publicidade, como prestadora de serviços, que informa e contribui para melhorar a vida das pessoas. As mães e os pais precisam saber que chegou vacina no posto. O garoto que está na escola precisa saber que existe o Pé-de-Meia. A jovem precisa saber que o governo fornece absorvente para proteger a dignidade dela”, exemplificou.
Além do acesso à informação a todos os cidadãos brasileiros, o ministro garantiu que serão prioridades da comunicação do Governo Federal: a defesa da integridade da informação; a defesa da liberdade de expressão; o combate à desinformação e ao discurso de ódio.
DESPEDIDA – Na mesma cerimônia, o agora ex-ministro da Secom Paulo Pimenta agradeceu ao presidente Lula o período em que comandou a pasta. “Chegamos aqui, enfrentamos o 8 de janeiro na primeira semana do governo. Tenho certeza que nós vamos entregar uma Secom em condições muito melhores do que aquelas que nós encontramos, até porque o ministério não existia. Foi totalmente reconstruído e totalmente reorganizado”, disse Pimenta.
Ele listou todos os avanços da comunicação nos dois primeiros anos do governo, como a divulgação de dados regionalizados. “Recuperamos uma relação de respeito no ambiente republicano com as agências que trabalham com o governo e com a população. Democratizamos o acesso às mídias do governo, às rádios comunitárias, aos pequenos sites, às rádios. Hoje, o Brasil inteiro se enxerga e faz parte da política nacional do Brasil”, acrescentou.
Ele ainda elogiou Sidônio Palmeira e a nova equipe, e disse ter “absoluta convicção” de que esses profissionais vão “cumprir com maestria” a missão de divulgar as ações de governo para a população e também para enfrentar alguns dos maiores desafios da atualidade quando o assunto é comunicação: o uso das plataformas digitais e a “luta incessante contra a mentira e contra as fake news”.